No princípio criou Deus os céus e a Terra


Resposta ao Ludwig – Com muita fé se constroem árvores da vida imaginárias
Julho 17, 2009, 3:16 pm
Filed under: Evolução/Big-Bang, Respostas a Ateus

Resposta ao post “Miscelânea Criacionista: quem foi o primeiro?” do blogue do Ludwig Kripphal.
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Os criacionistas alegam ser preciso fé para aceitar que os seres vivos tenham surgido por processos naturais. O que é estranho. Todos os dias a natureza cria seres vivos a partir de outros parecidos. E por processos naturais.

Para evitar confusões, deliberadas ou indeliberadas, convém clarificar o que os criacionistas querem dizer quando se referem aos “processos naturais”. Quando estes se referem aos seres vivos a surgir através de processos naturais, estão-se a referir aos seres vivos se criarem a si mesmos, isto é, aos seres vivos criarem a imensa informação genética necessária para a existência das afinadas estruturas biológicas que os seres vivos possuem (pulmões, órgãos sexuais, olhos, pernas, asas, etc).

O Ludwig parece entender “processos naturais” como tudo aquilo que acontece na natureza e, partir daí, acha legítimo dizer que todos os dias surgem novos seres vivos por processos naturais. Se essa for a definição de “processos naturais”, então é verdade que os seres vivos se criam através de processos naturais. Mas não é a esse tipo de “processos naturais” que os criacionistas se referem. É necessário ter cuidado com as definições evolucionistas pois, como se sabe, quem define os termos ganha sempre o debate.

A natureza não cria nada. Quem cria são os seres vivos. E isso acontece porque eles possuem sistemas biológicos que permitem a reprodução (de onde veio a informação genética para tal?). A informação genética do(s) pai(s) é passada para o filho. Um filho não tem informação genética que o(s) progenitor(es) não tenham também (quanto muito têm genes corrompidos). Mas os evolucionistas acreditam que, na hipotética longa história da Terra, um ser vivo adquiriu informação genética que os seus progenitores não possuíam, dando assim origem a diferentes tipos de animal. É aí que entra a fé evolucionista. Nunca ninguém viu tal acontecer. Só quem for ingénuo é que cai na armadilha semântica de que todos os dias surgem seres vivos por processos naturais.

Como este poder da natureza torna supérfluo qualquer agente sobrenatural,

Mas o problema é que este “poder da natureza” em nada reduz a significância de um Designer. A natureza (os seres vivos) não adquiriu este “poder” por si mesma. Os seres vivos só têm poder para se reproduzirem porque alguém codificou no seu ADN a informação genética necessária para tal. Foi isso que Deus ordenou quando criou os seres vivos (Génesis 1:22/28). Já os evolucionistas acreditam que essa informação se criou a si mesma. Isso é uma crença tão religiosa quanto o “Deus criou”.

Os criacionistas tratam os “tipos” de organismos como categorias bem definidas e estanques, um erro que o Marcos Sabino demonstra quando aceita a evolução, tal como ela é, para logo a seguir dizer que não pode ser assim: «Se evolução for apenas “descendência com modificação” (que é o mesmo que dizer que os filhos serão diferentes dos pais) então há “evolução”. […] Mas nós não queremos saber como os filhos são diferentes dos pais. […] Se “evolução” for o processo que transforma um animal noutro tipo de animal diferente então isso [nunca] foi observado.»(1)

O Marcos Sabino diz que os animais se reproduzem sempre de acordo com o seu tipo, tal como refere o primeiro capítulo de Génesis. E isto é um facto científico. Observa-se os seres vivos a procriarem de acordo com as suas espécies, tal como a bíblia refere. Mas nunca se observou o tipo de transformação que os evolucionistas fantasiam. O que o evolucionista faz é dar exemplos que confirmam o criacionismo bíblico para depois argumentar contra o mesmo. Irónico, no mínimo.

O Marcos Sabino não “aceita a evolução, tal como ela é“. O Marcos Sabino aceita é a variação/especiação animal, sendo que isto não passa de recombinação de informação genética pré-existente. O problema aqui é que o evolucionista considera qualquer variação biológica que ocorra como sendo “evolução”. Como não têm verdadeiros exemplos de evolução vertical para fornecer (aumento de informação genética), o evolucionista procura confundir a audiência, mostrando exemplos que apenas recombinam a informação já existente. Eles chamam-lhe microevolução. Um termo enganoso, mas como os evolucionistas os usam, os criacionistas também o têm de usar. Eles sabem que os exemplos de microevolução que dão não podem ser extrapolados para a macroevolução mas, como são os únicos exemplos que têm, não podem desarmar.

A evolução é um processo gradual, como o envelhecimento ou a queda de cabelo.

A única diferença é que a evolução (macroevolução) nunca foi observada, ao passo que o envelhecimento e a queda de cabelo sim.

Os filhos herdam características dos pais mas não são sempre iguais aos pais, o que faz as populações mudar com o passar das gerações.

Até aqui não há controvérsia, já que os criacionistas não são contra a mudança.

E se bem que as mudanças sejam pequenas de geração para geração, acumuladas tornam as populações muito diferentes dos seus ancestrais longínquos.

Reparem que o professor Ludwig saiu do campo da ciência e entrou no campo da religião sem sequer se dar conta disso. A parte “E se bem que as mudanças sejam pequenas de geração para geração” faz parte da observação empírica. O acumuladas tornam as populações muito diferentes dos seus ancestrais longínquos” não passa de uma afirmação de fé.

Podemos conceber um objecto ao qual falte uma milésima de um milímetro para ter dois metros mas é absurdo falar da pessoa a quem falta uma milésima de um cabelo para ser cabeluda. E é disparate argumentar contra a macro-perda de cabelo alegando que só se observa micro-perdas e ninguém passa de cabeludo a careca só por perder um cabelo.

Novamente, o Ludwig compara um fenómeno que nós vemos acontecer (a queda de cabelo), e do qual temos várias testemunhas oculares, com um fenómeno que nunca ninguém viu.

É a confusão que os criacionistas fazem com os tipos de animal e até com a categoria de ser vivo. As fronteiras destas categorias ou não permitem distinções finas ou, quando permitem, são arbitrárias.

É interessante um evolucionista dizer isto, quando nem eles mesmos sabem bem o que é uma espécie.

Actualmente, os criacionistas conduzem estudos para tentar descobrir quais os tipos bíblicos criados por Deus – a chamada “baraminologia” (do hebraico baramin) [*1,2]. Isto é importante pois a classificação taxonómica dos evolucionistas está longe de ser adequada. Animais que eles classificam como diferentes “espécies” procriam e muitos deles dão descendência fértil [*3]. Segundo a Bíblia, se dois animais se reproduzem, muito provavelmente eles fazem parte do “tipo” bíblico, traduzido por João Ferreira de Almeida como “espécie”. Ainda há poucas semanas foi reportado que duas “espécies” diferentes de salamandras procriaram. Outro artigo da National Geographic refere que a hibridação ocorre com frequência. Está claro que “espécie” bíblica é mais abrangente do que a actual definição de “espécie” dada pelos evolucionistas.

(Há dias, o Ludwig dissertou sobre os “tipos” bíblicos. Infelizmente para ele, creio que escolheu mal o exemplo – o morcego. O mais antigo fóssil de morcego que se conhece mostra que eles sempre foram morcegos)

Penso que foi este o golpe de génio de Darwin. Que os filhos são diferentes dos pais já toda a gente sabia. E os agricultores, e criadores de animais, já tiravam partido disso para seleccionar as características mais desejadas. Mas Darwin percebeu que perguntar quem foi o primeiro é irrelevante. Seja o primeiro pombo, o primeiro mamífero ou o primeiro ser vivo, não vale a pena procurá-lo porque estas categorias são imprecisas ou arbitrárias.

Não vale a pena procurá-lo porque ele não existe. Deus criou tipos de animais distintos e prontamente funcionais.

Como alguns criacionistas gostam de apontar, são as gaivotas que dão gaivotas e as moscas que dão moscas.

Tal como nos mostram as observações científicas.

E apesar de ninguém se deitar jovem uma noite para acordar velho na manhã seguinte, as coisas mudam. Os filhos não são exactamente iguais aos pais e cada dia que passa deixa-nos um dia mais velhos. Entre esta manhã e a noite sessenta anos antes, ou entre os filhos de hoje e os seus antepassados de milhões de gerações atrás, a diferença pode ser enorme.

Reparem como os evolucionistas têm sempre de dar exemplos de coisas que se observam para servir de comparação à evolução darwiniana nunca observada. Existem testemunhas oculares que registaram esta manhã e a manhã de há 70 anos. Infelizmente para os evolucionistas, nunca os hipotéticos milhões de anos foram observados por ninguém.

CONCLUSÃO

O último parágrafo do texto do Ludwig (não referido aqui) é apenas a fé dele. O Ludwig não gosta que os criacionistas digam que os evolucionistas também necessitam de fé para acreditar no que acreditam mas a verdade é que os cenários que ele propõe são cenários baseados na confiança no não observado e na especulação.
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REFERÊNCIAS OU NOTAS:

[*1]Creation Ministries International, “A baraminology tutorial with examples from the grasses (Poaceae)” (URL)

[*2]Answers in Genesis, “What is baraminology?” (URL)

[*3] – Para vários exemplos, ver: Quantos animais Noé precisou de levar na arca? (Parte 2)


25 comentários so far
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Gostáva que me respondesse a uma questão. Qual a data aproximada do díluvio biblíco?

Comentar por José Camões

Resolução 1580/2007 do Conselho da Europa
The dangers of creationism in education

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1. The aim of this resolution is not to question or to fight a belief – the right to freedom of belief does not permit that. The aim is to warn against certain tendencies to pass off a belief as science. It is necessary to separate belief from science. It is not a matter of antagonism. Science and belief must be able to coexist. It is not a matter of opposing belief and science, but it is necessary to prevent belief from opposing science.

2. For some people the Creation, as a matter of religious belief, gives a meaning to life. Nevertheless, the Parliamentary Assembly is worried about the possible ill-effects of the spread of creationist ideas within our education systems and about the consequences for our democracies. If we are not careful, creationism could become a threat to human rights, which are a key concern of the Council of Europe.

3. Creationism, born of the denial of the evolution of species through natural selection, was for a long time an almost exclusively American phenomenon. Today creationist ideas are tending to find their way into Europe and their spread is affecting quite a few Council of Europe member states.

4. The prime target of present-day creationists, most of whom are of the Christian or Muslim faith, is education. Creationists are bent on ensuring that their ideas are included in the school science syllabuses. Creationism cannot, however, lay claim to being a scientific discipline.

5. Creationists question the scientific character of certain areas of knowledge and argue that the theory of evolution is only one interpretation among others. They accuse scientists of not providing enough evidence to establish the theory of evolution as scientifically valid. On the contrary, creationists defend their own statements as scientific. None of this stands up to objective analysis.

6. We are witnessing a growth of modes of thought which challenge established knowledge about nature, evolution, our origins and our place in the universe.

7. There is a real risk of serious confusion being introduced into our children’s minds between what has to do with convictions, beliefs, ideals of all sorts and what has to do with science. An “all things are equal” attitude may seem appealing and tolerant, but is in fact dangerous.

8. Creationism has many contradictory aspects. The “intelligent design” idea, which is the latest, more refined version of creationism, does not deny a certain degree of evolution. However, intelligent design, presented in a more subtle way, seeks to portray its approach as scientific, and therein lies the danger.

9. The Assembly has constantly insisted that science is of fundamental importance. Science has made possible considerable improvements in living and working conditions and is a rather significant factor in economic, technological and social development. The theory of evolution has nothing to do with divine revelation but is built on facts.

10. Creationism claims to be based on scientific rigour. In reality the methods employed by creationists are of three types: purely dogmatic assertions; distorted use of scientific quotations, sometimes illustrated with magnificent photographs; and backing from more or less well-known scientists, most of whom are not specialists in these matters. By these means creationists seek to appeal to non-specialists and spread doubt and confusion in their minds.

11. Evolution is not simply a matter of the evolution of humans and of populations. Denying it could have serious consequences for the development of our societies. Advances in medical research, aiming at combating infectious diseases such as Aids, are impossible if every principle of evolution is denied. One cannot be fully aware of the risks involved in the significant decline in biodiversity and climate change if the mechanisms of evolution are not understood.

12. Our modern world is based on a long history, of which the development of science and technology forms an important part. However, the scientific approach is still not well understood and this is liable to encourage the development of all manner of fundamentalism and extremism. The total rejection of science is definitely one of the most serious threats to human and civic rights.

13. The war on the theory of evolution and on its proponents most often originates in forms of religious extremism closely linked to extreme right-wing political movements. The creationist movements possess real political power. The fact of the matter, and this has been exposed on several occasions, is that some advocates of strict creationism are out to replace democracy by theocracy.

14. All leading representatives of the main monotheistic religions have adopted a much more moderate attitude. Pope Benedict XVI, for example, as his predecessor Pope John-Paul II, today praises the role of science in the evolution of humanity and recognises that the theory of evolution is “more than a hypothesis”.

15. The teaching of all phenomena concerning evolution as a fundamental scientific theory is therefore crucial to the future of our societies and our democracies. For that reason it must occupy a central position in the curriculums, and especially in the science syllabuses, as long as, like any other theory, it is able to stand up to thorough scientific scrutiny. Evolution is present everywhere, from medical overprescription of antibiotics that encourages the emergence of resistant bacteria to agricultural overuse of pesticides that causes insect mutations on which pesticides no longer have any effect.

16. The Council of Europe has highlighted the importance of teaching about culture and religion. In the name of freedom of expression and individual belief, creationist ideas, as any other theological position, could possibly be presented as an addition to cultural and religious education, but they cannot claim scientific respectability.

17. Science provides irreplaceable training in intellectual rigour. It seeks not to explain “why things are” but to understand how they work.

18. Investigation of the creationists’ growing influence shows that the arguments between creationism and evolution go well beyond intellectual debate. If we are not careful, the values that are the very essence of the Council of Europe will be under direct threat from creationist fundamentalists. It is part of the role of the Council of Europe’s parliamentarians to react before it is too late.

19. The Parliamentary Assembly therefore urges the member states, and especially their education authorities to:

19.1. defend and promote scientific knowledge;

19.2. strengthen the teaching of the foundations of science, its history, its epistemology and its methods alongside the teaching of objective scientific knowledge;

19.3. make science more comprehensible, more attractive and closer to the realities of the contemporary world;

19.4. firmly oppose the teaching of creationism as a scientific discipline on an equal footing with the theory of evolution and in general the presentation of creationist ideas in any discipline other than religion;

19.5. promote the teaching of evolution as a fundamental scientific theory in the school curriculums.

20. The Assembly welcomes the fact that 27 academies of science of Council of Europe member states signed, in June 2006, a declaration on the teaching of evolution and calls on academies of science that have not yet done so to sign the declaration

Comentar por Kid Huevos

Oh não… Os copy-pastes invadiram até mesmo as áreas dos comentários!

Comentar por MVR

Kid Huevos,
Uma vez que a (des)União europeia promove a homosexualidade, o aborcionismo e (quem sabe?) a pedofilia, o facto de ela ser contra o Criacionismo Bìblico é um elogio.

Comentar por Mats

Aqui no Brasil a situação é semelhante. Infelizmente.
Aliás, parece que o mundo todo está caminhando para isso. Sinais dos tempos!

Comentar por Isaias S. OLiveira

Lembrei-me desta notícia, um tanto recente:

Arcebispo perdoa estuprador e excomunga mãe de menina de 9 anos estuprada e equipe médica
http://www.contextojuridico.com.br/2009/03/08/arcebispo-perdoa-estuprador-e-excomunga-mae-de-menina-de-9-anos-estuprada-e-equipe-medica/

Comentar por Fabricio Lovato

Se estás mal volta para os USA 🙂

Comentar por Joaquim Coelho

Eheheh

Comentar por PR

De volta, depois de um periodo sem internet! 😀

Comentar por Fabricio Lovato

Um pequeno dilema

A árvore viva mais antiga que se conhece é um exemplar da espécie Pinus longeva (http://en.wikipedia.org/wiki/Prometheus_(tree)) que foi cortado em 1964 e que continha 4844 anéis anuais de crescimento. Este exemplar encontrava-se no Wheeler Peak, no estado norte-americano do Nevada. Tendo em conta a idade, esta árvore germinou no ano de 2880 A.C., ou seja cerca de 530 anos antes do “Díluvio Universal”, que, de acordo com a crença criacionista, ocorreu cerca do ano 2350 A.C. (Morris, 1993). A árvore germinou sobre formações rochosas do Câmbrico (período da era geológica localizado há cerca de 550-505 milhões de anos). De acordo com a pseudo-ciência de geologia diluviana, todas as formações rochosas posteriores ao Pré-câmbrico foram formadas durante o dilúvio, em cerca de 250 dias. Sendo assim na “lógica??” criacionista o exemplo acima dado levanta vários problemas.

Uma árvore com 530 anos resistiu ao maior cataclismo global da história. Este evento praticamente arrasou a Terra, causou a deriva continental e provocou coisas tão estranhas como a formação das grandes massas graníticas num processo que viola todas as leis da termodinâmica. Mas para além da árvore de 530 anos ser bastante resistente, quando esta germinou o substrato onde ela cresceu ainda não existia (claro que só de acordo com a pseudo-ciência, porque na verdade já lá estava há muito tempo). Ou seja, este minúsculo exemplo (todos os meses são publicados em milhares de artigos científicos outros milhares de exemplos) levanta algumas problemas aos adeptos do criacionismo.

Como é que os criacionistas podem explicar isto? Pode haver 2 formas:

1- Os investigadores são atrasados mentais e enganaram-se na contagem. De facto, o movimento criacionista trata os cientistas como mentecaptos ignorantes (a não ser que se coloquem do lado deles);
2- Foram formados anualmente mais do que um lenho precoce e um tardio, pelo que a árvore não tinha 4844 anos, mas muito menos.
Relativamente ao primeiro ponto não há dúvidas quanto à idade da árvore, até porque tem sido investigada há mais quatro décadas e a contagem dos anéis foi calibrada com recurso a métodos de C14 e são concordantes.
Relativamente ao segundo aspecto, múltiplos anéis anuais são muito raros nesta e noutras espécies de vida longa e são facilmente detectados com prática. O problema maior nesta espécie são os anéis que faltam que podem atingir um valor até 5%, o que tornaria a árvore ainda mais antiga. Depois há os métodos de dendrocronologia, que podem detectar nos anéis de crescimento variações climatéricas, como seja precipitação e temperatura. Na verdade, nesta árvore, mais antiga que o “dilúvio”, não há registo de nenhum acontecimento catastrófico. Nem nesta, nem noutras. A dendrocronologia já permitiu fazer uma avaliação até cerca de 11 000 anos (em árvores mortas) (Becker and Kromer 1993; Becker et al. 1991; Stuiver et al. 1986). E estas não são as plantas mais antigas ainda vivas.

Isto foi apenas um micro-exemplo, que praticamente toda a gente pode entender, que refuta o “dilúvio biblíco”, mas podem-se citar mais uns milhares. E é o que se faz todos os dias no meio científico.

Becker, B. and B. Kromer, 1993. The continental tree-ring record — absolute chronology, 14C calibration and climatic change at 11 ka. Palaeogeography Palaeoclimatology Palaeoecology 103 (1-2): 67-71.
Becker, B., B. Kromer and P. Trimborn, 1991. A stable-isotope tree-ring timescale of the late glacial Holocene boundary. Nature 353: 647-649.
Morris, H. Biblical Creationism. Grand Rapids, MI: Baker Books, 1993.
Stuiver, Minze et al., 1986. Radiocarbon age calibration back to 13,300 years BP and the 14C age matching of the German oak and US bristlecone pine chronologies. Radiocarbon 28(2B): 969-979.
Wise, D. Creationist Geologic Time Scale: an attack strategy for the sciences. 1998; Available from: Accessed 5-14-98.

Comentar por José de Vasconcelos

Devo perguntarte como funciona a medição de idade via “anéis de crescimento”? Ou espero que pequise para saber como se formam os anéis?

Comentar por MVR

O problema é que eu observo perparações de lenhos há mais de 20 anos, dado que sou doutorado em dendrocronologia. E a sua resposta só revela como não tem resposta, porque a sua ignorância não dá para muito mais.

Comentar por jose de vasconcelos

Datas radiocarbônicas ligadas aos anéis das árvores
O TÍTULO do Décimo Segundo Simpósio Nobel era “Variações do Radiocarbono e a Cronologia Absoluta”. O título subentendia que o método de datar radiocarbônico não mais é considerado absoluto. A ênfase no simpósio foi dada às variações nas datas radiocarbônicas e às tentativas, apenas parcialmente bem sucedidas, de explicá-las. Aquilo que emergiu como a cronologia absoluta foi a baseada na contagem dos anéis das árvores.
São isso más notícias? Afinal de contas, o método de datar radiocarbônico é um campo técnico especializado para alguns peritos altamente treinados, e a teoria tem sido corrigida aqui e ajustada ali até que se tornou difícil que mesmo outros cientistas a compreendam. Por outro lado, todo o mundo sabe — não sabe? — que uma árvore que cresce adiciona um anel a cada ano ao redor de seu tronco. E, depois de uma árvore ser abatida, pode-se dizer quão velha é por simplesmente contar os anéis, não pode? O que poderia ser mais simples do que isso? Sem dúvida muitas pessoas ficarão aliviadas de saber que o relógio radiocarbônico, que sempre parecia um pouco com a mágica científica, está agora sendo mantido no tempo certo por algo tão fácil e compreensível como a contagem dos anéis das árvores.
A curva de calibragem foi incluída no relatório publicado do simpósio (também publicado em Scientific American, de outubro de 1971). Mostra, para cada ano, remontando a 5200 A. E. C., quantos anos precisam ser adicionados ou subtraídos da data radiocarbônica para fazê-la corresponder com a data dos anéis de árvores.
À primeira vista, poder-se-ia confundi-la com uma tabela de cotações da bolsa de valores. Sua falta de qualquer regularidade, suas erráticas flutuações a curto prazo, e suas tendências imprevisíveis a longo prazo, todas sublinham a semelhança. Por usar esta curva corretiva, os laboratórios de datar radiocarbônicos chegaram a depender plenamente da exatidão da cronologia dos anéis das árvores, também chamada dendrocronologia.
Assim aqueles que tiveram fé nas datas radiocarbônicas precisam agora perguntar a si mesmos se tal fé é fortalecida ou debilitada pela nova ligação às datas dos anéis das árvores. A resposta, naturalmente, depende de quão certa é a cronologia dos anéis das árvores. Será firme âncora para as datas radiocarbônicas, impedindo-as de flutuar nas profundezas desconhecidas da antiguidade?
Cronologia do Pinheiro Americano
Não são muitas as árvores que vivem milhares de anos. As magníficas sequóias gigantes que crescem nas encostas montanhosas da Califórnia são famosas por sua extrema longevidade. Nos anos recentes, contudo, verificou-se que o pinheiro americano (pinus aristata), uma árvore despretensiosa, de aparência raquítica, que cresce nas encostas altas e rochosas da parte sudoeste dos EUA, às vezes vive até por mais tempo. Uma árvore em Nevada, segundo relatado, tem 4.900 anos.
A utilidade desta árvore de vida longa foi primeiro indicada em 1953, por Edmund Schulman, da Universidade do Arizona. Nas Montanhas Brancas da Califórnia oriental, encontrou várias árvores bem antigas, algumas delas ainda vivas, outras agora reduzidas a troncos de árvores ou pedaços de madeira mortos. Coletou cernes de árvores vivas bem como os restos de árvores caídas no bosque. Examinou-os em seu laboratório e usou-os para estabelecer uma cronologia de anéis das árvores. Após sua morte, em 1958, este trabalho foi continuado pelo Professor C. W. Ferguson, no mesmo laboratório. Ferguson relatou a situação atual do trabalho ao Simpósio Nobel. Afirma ter estabelecido uma cronologia de anéis de árvores para o pinheiro americano que remonta a 5522 A. E. C. Este é um período de tempo de quase 7.500 anos, uma consecução deveras impressionante. Poderia haver qualquer razão para duvidar-se de que seja correta?
Questionada por Alguns Pesquisadores
Bem, talvez observemos que o Professor P. E. Damon, do departamento de geologia da mesma universidade de Ferguson, disse: “A exatidão do método de datar pelos anéis de árvores pode ser questionada por alguns pesquisadores.”8 Então, examinemos o processo de construção da cronologia dos anéis das árvores para ver por que talvez seja questionável.
A primeira coisa que devemos inquirir sobre ela é a suposição básica da contagem dos anéis das árvores, de que cada anel equivale a um ano. Talvez lhe surpreenda saber que isso nem sempre é verdadeiro. Ferguson afirma sobre este ponto: “Em alguns casos, 5 por cento ou mais dos anéis anuais talvez estejam faltando, junto a uma certa proporção que abrange muitos séculos. A localização de tais anéis ‘que faltam’ num espécime é comprovada por se relatar seu padrão de anéis com o padrão de anéis de outras árvores em que se ache presente o anel ‘que falta’.”9 Visto que o investigador adiciona estes anéis ‘que faltam’ à sua cronologia, esta é maior do que o número real de anéis contados, em cinco ou mais anos para cada século.
Ainda mais interessante é o comentário de Ferguson sobre a possibilidade de uma árvore talvez produzir dois ou três anéis num único ano: “Em certas espécies de coníferas, em especial as das elevações mais baixas, ou nas latitudes meridionais, o acréscimo no crescimento de uma estação talvez se componha de dois ou mais rompantes de crescimento, cada um dos quais talvez se assemelhe fortemente a um anel anual. Tais anéis de crescimento múltiplo são extremamente raros no pinheiro americano, contudo, e são especialmente infreqüentes na elevação e na latitude dos locais que eram estudados.”9
Assim, sob as atuais condições climáticas, os anéis múltiplos são raros. Do ponto de vista uniformitarista, tal declaração é bastante tranqüilizadora. Este ponto de vista, porém, despercebe abundantes evidências de que o clima era muito mais temperado antes do Dilúvio de 2370 A. E. C. Também, a localização atual dos bosques do pinheiro americano talvez estivessem em elevações muito mais baixas. Ambas estas diferenças, em harmonia com a opinião citada, podem ter resultado em mais anéis múltiplos nas árvores que então viviam. Isso se teria dado, não só antes do Dilúvio, mas até por algum tempo depois disso, enquanto a crosta da terra se ajustava às novas pressões. Quem pode afirmar quão freqüentemente os anéis múltiplos formaram-se sob tais condições, ou quantos séculos extras estão incluídos na cronologia devido a isso?
Ajuntando os Padrões
O ponto seguinte a observar é que não há uma única árvore que tenha 7.500 anéis. Embora seja relatado que algumas árvores tenham mais de 3.000 e até mesmo 4.000 anos, a árvore mais antiga viva incluída na cronologia remonta apenas a 800 E. C. No entanto, encontrou-se um árvore morta com cerca de 2.200 anéis, e as semelhanças no padrão de anéis grossos e finos foram encontradas entre as camadas exteriores da árvore morta e as camadas interiores da árvore viva. Assim, as idades foram consideradas como se sobrepondo de 800 a 1285 A. E. C., e a árvore mais antiga foi datada de 957 A. E. C. Este processo foi repetido com dezessete outros restos de árvores caídas, indo de 439 a 3.250 anéis, levando a contagem dos anéis a um total de 7.484 anos.
Agora, talvez pergunte: Quão certo é o casamento dos padrões que se sobrepõem? Ferguson nos assegura de que há apenas uma forma possível de fazer com que cada um dos dezessete se ajustem; como ele diz: “A cronologia-mestra para todos os espécimes envolvidos é ímpar em seu padrão de ano para ano; em parte alguma, através do tempo, é repetida precisamente a mesma seqüência a longo prazo de anéis amplos e estreitos, porque as variações de ano para ano no clima jamais são exatamente as mesmas.”9 Alguns talvez se disponham a aceitar esta opinião pelo que ela vale; outros pesquisadores, conforme afirma Damon, podem achar-se entre os que a questionam.
Outra pergunta: Se fosse possível ajustar um segmento duma árvore morta em mais de um lugar, que considerações guiarão a seleção do ajuste “correto”? Esta declaração de Ferguson talvez nos forneça certo indício: “Ocasionalmente, uma amostra de um espécime ainda não datado é submetida à análise radiocarbônica. A data obtida indica a idade geral da amostra, isto fornece um indício quanto à que parte da cronologia-mestra deve ser perscrutada, e, assim, se pode identificar mais prontamente a data dos anéis das árvores.”10 E, novamente: “A análise radiocarbônica de uma espécie única, pequena, que contenha uma série de anéis de alta qualidade de 400 anos, indica que a espécie tem aproximadamente 9.000 anos. Isto apresenta grande esperança para a extensão da cronologia dos anéis das árvores bem mais para trás no tempo.”11
Assim, é evidente que o método de datar do C14 serve qual guia em ajustar as peças do quebra-cabeças dos anéis das árvores. Será que tais admissões fornecem razão para se suspeitar que talvez a cronologia dos anéis das árvores não esteja bem alicerçada como parece estar, mas que seus propronentes procuram apoio no método de datar radiocarbônico? Tal suspeita não é infundada, pois o Professor Damon, depois de nos assegurar de sua confiança pessoal nas datas dos anéis das árvores, adiciona: “Não obstante, é tranqüilizador ter alguma comparação objetiva, por exemplo, com outro método de datar. Esta é, com efeito, fornecida pelo método de datar do C14, de amostras historicamente datadas.”
Se as datas dos anéis das árvores precisam ser apoiadas pela comparação com as datas radiocarbônicas na série em que são apoiadas pelas datas históricas, remontando a apenas 4.000 anos, o que se pode dizer dos necessários 4.000 ou 5.000 anos antes disso?
Problemas de Datar Madeira
Os esforços de fortalecer o apoio mútuo das duas cronologias vêem-se afligidos por outro problema que ocasionou considerável discussão entre os peritos. Até mesmo na análise radiocarbônica daquelas amostras do pinheiro americano que agora servem de base para todas as outras datas radiocarbônicas, há possibilidade de alterações da amostra que precisam ser consideradas. Sabe-se que substâncias inorgânicas tais como o calcário dos moluscos de conchas e o carbonato nos ossos, são muito suscetíveis de mudança ou de troca com os carbonatos dissolvidos, quer mais antigos quer mais recentes. Por esta razão, são quase inúteis em datar. As substâncias orgânicas, tais como a celulose, são consideradas como improváveis de alterar-se. A seiva viva de uma árvore pode ser lavada da madeira morta, mas, se já tem circulado por séculos ou milênios pela madeira, podemos estar seguros de que não substituiu parcialmente o C14 em decomposição?
Diferente da seiva, a resina é difícil de ser removida. Ferguson se referiu à “natureza altamente resinosa” da madeira do pinheiro americano.12 Os peritos concordam que a resina da madeira mais recente passa para a madeira mais antiga, onde pode provocar erros. “A difusão para dentro da resina certamente é um resultado razoável.”13 Também: “Este problema da resina é importante, em especial à medida que a correção aumenta, ao se penetrar mais para o interior da árvore.”13 Em certa experiência, a resina extraída é aparentemente 400 anos mais recente do que a madeira.
No entanto, os peritos não concordaram quanto a quão eficaz são seus tratamentos químicos. Um deles disse que ferver a madeira em ácido e álcali “remove toda a resina”.14 Outro disse: “Na minha opinião, a resina dos pinheiros americanos não pode ser removida completamente por tratamento com solventes químicos inorgânicos.”14 Mas, quando usam solventes químicos orgânicos, têm de preocupar-se se o solvente foi inteiramente removido depois disso, porque apenas um pouco do carbono moderno dele poderia aparentemente rejuvenescer uma amostra de madeira antiga. Naturalmente, trabalham conscienciosamente para excluir todos esses erros, mas obtêm completo êxito? Quão seguros podemos estar disso?
Contar as Camadas Glaciais
Um método um tanto similar de contar os anos do passado foi considerado na reunião, método este baseado nas camadas glaciais. As camadas são constituídas alternadamente de areia e argila que supostamente são formadas anualmente por uma geleira ao se derreter. Afirma-se que fornecem um registro contínuo, uma na Suécia remontando até a 12.000 anos. Isto foi também proposto como cronologia absoluta à qual as datas radiocarbônicas poderiam ser vinculadas. Mas, quão firme base realmente é?
A cronologia da camada de aluviões lacustres escandinava é ajuntada de seções observadas em diversos lugares por toda a Suécia. O registro parece ser muito menos útil do que a cronologia dos anéis das árvores por diversos motivos.
Por um lado, não é nenhum elo para o dia atual, correspondendo ao anel da casca. Estimativas quanto à data em que a última camada foi depositada variam amplamente. Também, o problema de identificar os depósitos anuais contribui para a incerteza. Assim, certo geólogo datou o início da série em Skåne de 12.950 A. E. C., e outro de apenas 10.550 A. E. C. O Dr. E. Fromm, da Pesquisa Geológica da Suécia, disse: “Nestes casos, o assentamento geológico não limitou a priori a possível série de datas, e as ‘teleconexões’ obviamente forneceram resultados bem indignos de confiança. Ademais, nestas partes de Skåne permanecem dúvidas quanto a se todos os depósitos de camadas com sedimentação em pequenos lagos de águas derretidas são realmente camadas anuais.”15
Note esta admissão de que as camadas nem sempre correspondem a depósitos anuais. Na realidade, representam condições alternadas de fluxo rápido e vagaroso, que poderiam ocorrer diversas vezes no ano sob certas condições climáticas. “O Dr. Hörnsten, da Pesquisa Geológica da Suécia, indicou que cada camada tinha de ser examinada mui cuidadosamente para se evitar contar a camada de um ano como tendo dois anos. Uma única camada depositada durante um ano poderia ter uma ou duas camadas pseudo-hibernais, devido a variações na descarga da água derretida (cf. duplos anéis das árvores).”16 O Professor R. F. Flint, bem-conhecido geólogo da Universidade de Yale, solicitou uma declaração clara do critério pelo qual uma camada é reconhecida, mas no que tange ao registro do simpósio, ela não surgiu.17
Estas, então, são as “cronologias absolutas” oferecidas no Simpósio Nobel. Dos artigos nas revistas populares de ciência, seria fácil ter-se a impressão de que o método de datar radiocarbônico ficou mais estabelecido do que nunca antes. Mas, uma leitura cuidadosa das palestras de fundo da conferência de Upsália, revela que multiplicaram-se as incertezas. A teoria radiocarbônica não mais fornece uma base sólida para a aceitação de suas datas. Os resultados de vinte anos de estudos debilitaram grandemente a maioria de suas suposições de apoio.
Agora, coloca-se a confiança no trabalho de um único grupo de pesquisa quanto a um novo método — o método de datar dos anéis das árvores. Que habilidades adicionais nesta técnica se poderiam revelar através de vinte anos de intensivo estudo em diferentes laboratórios? Em seu estágio atual, estaria disposto a confiar nela, ao invés de na Bíblia, para basear as decisões vitais que precisará fazer no futuro próximo?

Comentar por Edrick

“A natureza não cria nada. Quem cria são os seres vivos”

Somos todos subernaturais? Espetáculo.

Com afirmações destas nem vale a pena refutar mais nada.

Comentar por Joao

Onde foste concluir isso dessa afirmação? 😡

Sobrenaturais não. Reprodutores sim.

Comentar por alogicadosabino

Criar não é fazer do nada?
Se os seres vivos são natureza e criam como é que a natureza não cria nada?
“Na natureza nada se cria (…) tudo se transforma”. Como é que os seres vivos criam? Explicas-me?

Comentar por Dário Cardina

Vocês dão pena. Como a vossa teoria é cheia de buracos e contradições, têm de discutir questões semânticas para direccionar as atenções para outro lado.

Tu achas que eu quando disse que “os seres vivos é que criam” queria dizer que os seres vivos criam outros seres vivos a partir de nada? O sol está-te a fazer mal à cabeça. Eles criam no sentido da reprodução.

Mais alguma questão semântica?

Comentar por alogicadosabino

“um ser vivo adquiriu informação genética que os seus progenitores não possuíam, dando assim origem a diferentes tipos de animal”

Então o que são as mutações? O que são aquelas junções de genes e cromossomas? São as pequenas mudanças ao longo do tempo que faz a grande diferença. Se olhares para o genótipo de um símio e de um humano vais ver algumas diferenças. Essas diferenças serão devidas a vários conjuntos de mutações. Várias pequenas mudanças vão produzir uma bifurcação alegures na árvore filogenética.

Comentar por Dário Cardina

Como sempre, sem deixar nenhum rastro de transição e nem de ancestrais comuns.

Um processo curioso este!

Comentar por MVR

Estou-me a referir a informação genética. E sim, há um rasto de DNA. Isso vê-se recorrendo a marcadores moleculares, como por exemplo os ISSR’s

Comentar por Dário Cardina

olha la sabino,
em 1971, um grupo de biólogos retirou cinco pares de lagartos adultos do seu habitat natural e colocou-os numa outra ilha. Em 2007, os cientistas notaram consideráveis mudanças na estrutura destes mesmos lagartos, resultante da sua adaptação ao novo ambiente. Os biólogos notaram que a cabeça dos lagartos tinha aumentado de tamanho, as suas mordidas eram mais fortes e até o sistema digestivo tinha sofrido uma alteração. Isto é variação num espaço de 36 anos.

Nao te parece razoavel que, no decorrer de milhoes de anos, possamos encontrar grandes diferenças entre especies que tiveram o mesmo ancestral??

Se aparecem diferenças que impossibilitem ou dificultem a reproduçao, deixa de haver fluxo genetico entre populaçoes, o que por sua vez, fara com que as duas populaçoes se afastem ainda mais.

Se queres discutir evoluçao tens de perceber imperativamente de ter nocoes de biologia das populaçoes. senao torna-se complicado…

Comentar por rasputin

[…] com o qual me divirto imenso. O segundo é o blogue Que Treta! Os criacionistas Mats e Sabino têm vindo a dizer que a ciência não pode descobrir Deus porque se atém ao “Naturalismo”. O […]

Pingback por A noção de naturalismo « cama de casal

Quem não descobre Deus é a FALSA ciência, chamada evolução. A verdadeira ciência nos mostram que uma simples célula é tão complexa, que jamais poderia surgir por acidente, como querem os evolucionistas.

Comentar por Isaias S. OLiveira

[…] Referências: Este e este. […]

Pingback por A confusão entre naturalismo, evolucionismo e ciência « perspectivas

A verdade é que o ateísmo tembém é religião, e por sinal é uma religião politeísta, onde os seus deuses são eles mesmo, a pseudo-ciênicia (a ciência que excluí o Deus verdadeiro), o deus-homem(Charles Darwin), os seus mestres são Richard Dawkins, Ludwig e outros. Só que mais impressiona é o tamanho da fé que eles tem! Professam a fé no evolucionismo( um novo conto de fada, semelhante a chapeuzinho vermelho,a branca de neve, só que disfarçado de um monte de estudos irracionais), creêm que a vida surgiu da matéria inanimada(esquecem da biogênese-por favor não me venham com estas hipóteses malucas como que os primeiros animais eram heterotróficos, blá,blá,blá,e outras, tentando conciliar a evolução com a biogênese), esquecem da 1 e 2 lei da termodinâmica, da lei da Causa e do efeito( Deus é causa primeira, não causada), e o que dirá dos fósseis?????? bom não há uma evidencia plausível sobre este conto de fada, bom só que os ateus e os evolucionistas tem o costume brasileiro não desiste nunca, eles vão ficar na fé até achar uma prova sobre o conto de fada, essas pessoas tem que ter mais fé que os criacionistas, e o ruim de tudo isso é que a sociedade e toda comunidade científica tem que submeter a dar credibilidade nesta mentira!!! Realmente quem tem algum conhecimento científico consegue ver a engenhosidade divina no universo, pois ele testemunha da existência de Deus. Sabino não vou chegar a dizer nada, mas pouco do que disseres no teu blog a respeito deles(os ATEUS), das evidências que contradiz este conto de fada, da veracidade da Bíblia, da existência de Deus, vão conseguir convencê-los de que estão errados (pois que convence é o Espírito Santo)sempre vão achar algum argumento para confrontar com a verdade, por mais inconviniete que sejam, isso é questão de oração, mas meu amigo continue a mostrar a verdade a esses amados de Deus, que sabe o Espírito Santo não faz a obra na vida deles e acabem aceitando a Jesus como SENHOR E SALVADOR. Da mesma maneira que os evolucionistas fala “me provem que Deus existe” “a bíblia é uma fabúla”, “Jesus é fantasia”, “a criação é um mito”, eu também digo me provem que tudo isto que dizem é verdade, e que a evolução é verdadeira. Mais saibam que apesar da ignorância de vcs, Deus ama a cada um de vocês e quer que vocês vivam junto dele. Agora que estamos nos finais dos tempos, teram as suas perguntas respondidas.
Lembrense.
E disse Jesus: Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai se não por mim.

Recebam o meu abraço.

Comentar por Allef




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