No princípio criou Deus os céus e a Terra


As pegadas que mostram a pessegada que é a Teoria da Evolução
Abril 10, 2009, 4:32 pm
Filed under: Evolução/Big-Bang

Qual é a teoria qual é ela que não pode ser refutada, independentemente das evidências? A resposta está no título.

Vamos fazer o seguinte… vamos imaginar que estamos em Julho de 2005. A 5 do mesmo mês, lemos a seguinte notícia: Pegadas reescrevem a história dos primeiros americanos. A notícia diz que a descoberta de pegadas humanas perto de um antigo lago mexicano revela que as primeiras pessoas chegaram à América 30.000 anos antes do que se pensava.

A equipa liderada pela geo-arqueóloga Silvia Gonzalez, da Universidade John Moores, em Liverpool, descobriu 269 pegadas animais e humanas preservadas numa camada de cinza. Foram “datadas” de 40.000 anos. Segundo Matthew Bennett da Universidade de Bournemouth, na Inglaterra, as pegadas “preenchem todos os critérios estabelecidos após a descoberta das pegadas de Laetoli” (as tais que aguentaram 3,75 milhões de anos e estão em risco de desaparecer num espaço de 32). O mesmo cientista declarou: “Elas são, indiscutivelmente, pegadas humanas“.

pegadaspegadas2

Agora vamos fingir que estamos em Dezembro de 2005. Dia 3 deste mês deparamo-nos com a seguinte notícia: As pegadas dos primeiros americanos são muito velhas para serem humanas. Não é crível que as pegadas tenham sido feitas por humanos já que um novo método de datação indica que as rochas onde estão as pegadas têm 1,3 milhões de anos.

Então, quem é que fez as pegadas das fotos acima? Paul Renne, geólogo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos da América, afirma que elas são “marcas feitas ou por máquinas ou por animais“, em tempos recentes.

Interessante como, num espaço de 5 meses, as pegadas “indiscutivelmente humanas” passam a “marcas feitas ou por máquinas ou por animais“. Que tipo de máquina ou animal deixa marcas como a seguinte?

pegadas3

Este episódio revela bem as areias movediças dos métodos de datação. Foram empregues 5 métodos de datação diferentes. A idade menor deu 38 mil anos. A maior deu 1,3 milhões de anos. Depois é uma questão de escolha. Os cientistas britânicos não aceitam as datas dos cientistas americanos. Os americanos não aceitam as datas dos britânicos.

Se estas marcas são realmente pegadas humanas (como as fotos sugerem que são), então seria necessário reescrever toda a história da migração do ser humano para as Américas. É mais fácil dizer que elas não podem ser pegadas humanas porque têm 1,3 milhões de anos e, como toda a gente, o Homo sapiens ainda não andava na Terra por essa altura. Esta nova datação deu uma idade de 1,3 milhões de anos às pegadas “indiscutivelmente humanas“. Se a teoria da evolução fosse uma teoria científica como todas as outras, isto deveria mostrar que algo nela não está bem contado. Como é que se tem pegadas “indiscutivelmente humanas” na América de 1,3 milhões de anos, se só o Homo erectus andava por África?

Reparem que ninguém discute sobre a composição química das rochas. Isso pode ser observado de forma objectiva, directa. Já a idade das pegadas é severamente discutida pois os métodos de datação não são ciência objectiva. Não é como medir a distância em quilómetros do Porto a Lisboa.


9 comentários so far
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Os cientistas britânicos não aceitam as datas dos cientistas americanos. Os americanos não aceitam as datas dos britânicos.

hehe

Comentar por Mats

A hipótese mais simples é que alguém se enganou, ao recolher os dados, ao fazer as experiências, ao fazer as contas, talvez tenha lido mal um número ou trocado 2 folhas. Ou, por exemplo, em inglaterra só há um aparelho e está avariado.

Ou um brincalhão trocou umas amostras ou um trabalhador partiu um frasco e substituiu por outro vazio cheia de terra do quintal para não ser chateado.

Ou um geológo perdeu-se e foi parar a outro lado.

Isto está sempre a acontecer na nossa vida, porque seria de esperar que nunca acontecesse numa pesquisa.

Mas os investigadores ADORAM estas coisas e se a crise económica abrandar veremos muita gente a repetir os procedimentos e num fim vão acabar todos amigos a beber cerveja.

Não é prudente acreditar em pesquisas muito recentes, principalmente se as conclusões forem contra o esperado. Esperemos mais 5 anos e a coisa acaba sempre por bater certo.

O que não quer dizer que às vezes os problemas sejam tão complicados que possam levar décadas a decidir (fusão nuclear a frio), mas neste caso não penso que seja necessário tanto tempo.

José Simões

Comentar por Jose Simoes

E a evolução insiste nos seus furos, e também diz:
-Que furo?

Comentar por Arthur

“A hipótese mais simples é que alguém se enganou, ao recolher os dados, ao fazer as experiências, ao fazer as contas, talvez tenha lido mal um número ou trocado 2 folhas

“Ou um brincalhão trocou umas amostras ou um trabalhador partiu um frasco e substituiu por outro vazio cheia de terra do quintal para não ser chateado.

Ou um geológo perdeu-se e foi parar a outro lado”

😀

Que pessoal mais desatento!

😀

😀

Comentar por Fabricio Lovato

Público 13.IV.2009

(…)

As palavras de ontem do cardeal patriarca de Lisboa surgiram um dia depois de o mesmo ter feito uma intervenção mais polémica, ao afirmar que muitas respostas da teologia católica à teoria da evolução de Dar-win basearam-se numa “deficiente leitura” da Bíblia. D. José Policarpo quis, desse modo, negar contradições entre os evolucionistas e a perspectiva cristã da Criação.
“Tanto os darwinistas como a ma-
neira católica de lhes responder par-
tiram de uma leitura do texto bíblico não querida pelo seu autor nem legitimada pela comunidade para quem foi escrito”, assinalou o patriarca, lembrando, no entanto, que o mesmo erro continua a ser cometido por “muitos dos actuais movimentos chamados criacionistas”. PÚBLICO/Lusa

Comentar por José

E…?

Comentar por Fabricio Lovato

Hoje, na Gulbenkian, às 19h00, a não perder!

Lynn Margulis, a bióloga norte-americana de 71 anos que se tornou famosa pela sua formulação da Teoria Endossimbiótica em 1966, fala amanhã às 19h na Fundação Gulbenkian, em Lisboa, sobre o tema “Evolução no Planeta Gaia: o Legado de Darwin”.

O evento integra-se no ciclo de oito conferências internacionais organizado pela Gulbenkian no âmbito das comemorações dos 200 anos do nascimento de Charles Darwin e dos 150 anos da publicação do livro “A Origem das Espécies através da Selecção Natural”.

Professora da Universidade de Massachussets-Amhers (EUA) e autora ou co-autora de 17 livros, oito dos quais com o seu filho Dorion Sagan (Lynn foi a primeira mulher do astrónomo Carl Sagan), Margulis enfrentou a oposição de muitos biólogos relativamente à sua inovadora formulação da Teoria Endossimbiótica.

(…)

Comentar por Raúl

Agência Ecclesia, terça-feira, 14 de Abril de 2009

(…) Em Lisboa, o Cardeal Patriarca apontou os caminhos cruzados da criação bíblica e do darwinismo. Na Vigília Pascal, D. José Policarpo referiu que “a Igreja não pode abdicar de um diálogo com a ciência e de uma possível convergência na busca da verdade”. Por outro lado, “a perspectiva científica de Darwin levantou questões cruciais, a que a Igreja não pode ser indiferente na sua compreensão da realidade”. (…)

Comentar por Manel

“O grande problema decorre da alegorização do texto sagrado. Ao interpretar como não histórico o relato de Gênesis, a Igreja Católica embarca numa contradição sem fim. Se a evolução foi o processo usado por Deus para criar o ser humano, como quer o papa, a morte e as doenças existiram antes do primeiro casal de humanos e, portanto, a morte e as doenças não são resultado do pecado e, sim, algo inerente à criação! Deus, no fim das contas, acaba responsável pela morte e pelas imperfeições no projeto que sempre deveria ter sido verdadeira e plenamente “inteligente”, perfeito.

“Os defeitos no “projeto” apontam para um problema. A Bíblia dá nome a esse problema: pecado. Infelizmente, o Vaticano só contribui para aumentar o distanciamento das pessoas de Deus, ao apresentá-Lo como o criador do bem e do mau.”

Michelson Borges

Comentar por Fabricio Lovato




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