No princípio criou Deus os céus e a Terra


Não deixem que vos vendam gato por lebre
Junho 17, 2009, 3:55 am
Filed under: Evolução/Big-Bang

Jesus disse para amarmos a Deus não só com o nosso coração e alma mas também com o nosso entendimento (Mateus 22:37). Acredito que isto nunca fez mais sentido do que nos dias hoje. Praticamente todos vocês que acompanham este blogue já devem ter ouvido um evolucionista dar exemplos de evolução rápida observada para mostrar que a teoria de Darwin é válida e tem evidências empíricas. O que eles normalmente não vos dizem é que todos estes exemplos são o resultado de recombinação ou perda de material genético já existente, em que nenhuma nova informação é criada. Isto é precisamente o que seria de esperar se o criacionismo bíblico fosse verdadeiro.

O evolucionismo necessita que os seres vivos criem, eles próprios, a informação genética para construir estruturas que não existiam anteriormente. Para o evolucionista, no princípio era o ser unicelular. Não havia sangue, ossos, olhos, braços, etc. A informação genética para tudo isso teve de ser exponencialmente criada. Os evolucionistas oferecem exemplos de rápida especiação ou “evolução” para mostrar como, decorrido o tempo necessário, o cenário evolucionista é possível. O que eles não dizem é que, quando estes exemplos são vistos a nível molecular, vemos que eles não vão no sentido darwiniano.

No seu último post, o Dário Codinha refere dois exemplos de “rápida evolução”:

Depois da evolução numa caixa de Petri, demonstrou-se evolução no rio Damier.

Vamos começar pelo 1º exemplo. Ele refere-se a uma experiência na qual cientistas observaram 152 vermes numa caixa de Petri ganharem resistência a uma bactéria que anteriormente provocava a morte dos vermes. Para além de serem imunes à acção da bactéria, os vermes subsistiam delas. O artigo está na Scientific American.

Mas como o próprio Dário indica no seu post, a resistência que estes vermes têm à bactéria não veio sem custos [meu destacado]:

Os vermes normais prosperaram numa floresta granulada da bactéria Escherichia coli. Os descendentes dos mutantes, por outro lado, exibem um comportamento diferente, movimentando-se devagar.

A diferença nos movimentos demonstra que a capacidade de sobreviver à bactéria não acontece sem custos. Os mutantes respiram com dificuldade, consumindo menos 30% de oxigénio.

Ou seja, nós estamos a olhar para vermes “defeituosos” e não vermes que estãcaixa_petri_1o a caminho de se tornarem num organismo mais complexo. É isso que as mutações fazem, elas corrompem o material genético existente. Estes vermes não se vão tornar seres humanos.

O que aconteceu com estes organismos é aquilo que os biólogos descrevem como o fitness cost. Se estes vermes forem novamente colocados no seu ambiente natural, eles perderão para os vermes “normais”, sem a mutação, pois são menos capazes que eles. Isto não é exemplo de evolução, no sentido darwiniano do termo, mas sim um bom exemplo de selecção natural (que não é evolução).

O outro exemplo de rápida “evolução” observada:

A investigadora Swanne Gordon estudou a espécie aquática «Poecilia reticulata» ao fim de 30 gerações destes peixes verificou-se evolução.

Tal como já é normal, esta é mais uma tentativa de vender gato por lebre.

Qual foi a “evolução” que aconteceu?

Cientistas introduziram um grupo de peixes em dois habitats diferentes. Um deles não tinha predadores. O outro tinha alguns peixes que, por vezes, se alimentavam dos peixes introduzidos. Oito anos depois, os investigadores voltaram aos lagos e descobriram que os peixes alteraram os seus hábitos reprodutivos de acordo com o ambiente em que estavam. As fêmeas inseridas no habitat com predadores colocavam mais embriões a cada ciclo reprodutivo. Istoguppies faz sentido pois elas poderiam não voltar a ter outra oportunidade para se reproduzirem. Nos habitats sem predadores, as fêmeas colocavam menos embriões de cada vez.

Finalmente, os investigadores introduziram novos peixes desta espécie nas águas com predadores e marcaram-nos. Eles notaram que os peixes que já estavam lá há 8 anos tinham uma vantagem de sobrevivência em relação àqueles introduzidos recentemente.

Portanto… o que é que eles querem dizer com “evolução”?

Esta foi a “evolução” que aconteceu. Os peixes não se transformaram em animais diferentes, mais complexos, com estruturas que não possuíam anteriormente. Apenas alteraram o seu ciclo de reprodução. Esta característica conferiu-lhes uma vantagem na luta pela sobrevivência em relação aos peixes mais recentes, sendo seleccionados pela selecção natural. Mas é aqui que a história acaba. Os peixes continuam peixes e serão sempre peixes.

CONCLUSÕES

1) Reparem no jogo sujo que o evolucionista faz. Dá exemplos de variação entre as espécies, exemplos esses que não envolvem a criação de informação genética nova que codifique novas estruturas e funções, para mostrar que todas as espécies partilham um ancestral. Dão exemplos de peixes que se transformam em peixes, para mostrar como há muitos milhões de anos, um peixe surgiu de algo que não era bem um peixe.

2) Por sua vez, exemplos de rápida adaptação como este dos peixes encaixam muito bem no modelo do criacionismo bíblico. Como a Bíblia diz umas 10 vezes, Deus ordenou que os animais se reproduzissem de acordo com a sua espécie, e é isso que acontece. O criacionista tem evidências empíricas para a sua crença. O evolucionista tem de confundir as audiências para defender a sua fé.

3) Estes exemplos rápidos de variação mostram que não são precisos milhões de anos para a especiação ocorrer. Estes animais só precisaram de 8 anos para alterarem as suas características (já existentes). Exemplos como este servem para calar os críticos que afirmam que era impossível a biodiversidade que existe actualmente ter vindo só de uns poucos animais nos últimos 4500 anos, após o Dilúvio.

4) Não se esqueçam… amem a Deus também com o vosso entendimento. Não deixem que vos vendam gato por lebre. Os criacionistas têm evidências empíricas para a sua fé. Os evolucionistas, como não as têm, necessitam de lançar areia para os olhos da audiência. Sempre que virem notícias que digam que foi observada evolução em acção, lembrem-se que o que foi observado foi variação das espécies onde não esteve envolvida a criação de nova informação genética, coisa que os evolucionistas precisam mas, como não têm exemplos, têm de atirar areia para os olhos dos incautos.
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Ver também: Evolução num tubo de ensaio? – Mais uma tentativa de vender gato por lebre

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25 comentários so far
Deixe um comentário

Os peixes continuam peixes e serão sempre peixes.

Direi mesmo mais
Gaivotas dão gaivotas, pardais dão pardais, enchovas dão enchovas, …

Sabinos dão Sabinos ? 🙂

Comentar por Joaquim Coelho

Já viste algum ser vivo a gerar um ser diferente do seu tipo?

Comentar por alogicadosabino

Já viste algum ser vivo a gerar um ser diferente do seu tipo?

Não Sabino.
E ainda bem que não o vi.
Porque se tivesse visto passava a acreditar em Deus 🙂
Era uma prova provada da existência do dito cujo.

O não ter visto tal coisa, só reforça, a minha aceitação da teoria da evolução e das premissas que lhe são inerentes.

Comentar por Joaquim Coelho

“O não ter visto tal coisa, só reforça, a minha aceitação da teoria da evolução e das premissas que lhe são inerentes.”

O não teres visto tal coisa, só reforça a posição religiosa da teoria da evolução e a confirmação do criacionismo bíblico que diz que os seres vivos sempre se reproduzirão segundo as suas espécies. Tu acreditas na teoria da evolução por fé.

Comentar por alogicadosabino

Dizes tu.

Mas como não vivemos numa teocracia e tu não mandas no que eu penso e acredito, estou borrifando para a tua opinião sobre o que eu penso ou acho.
Eu sei o que penso.

Comentar por Joaquim Coelho

Joaquim
Impressionante a tua ginástica mental. Se visses um peixe a dar à luz um cão, isso seria evolução. Como os peixes só e apenas só dão à luz outros peixes, isso também é evidência para evolução.

Vocês não podem fazer estes jogos de cintura e esperar não serem chamados a razão.

Pelos vistos, evolução é “tudo o que acontece”. Se acontece,então é evolução.
Isso não é ciência.

Comentar por Mats

visses um peixe a dar à luz um cão, isso seria evolução

Não Mats, seria um milagre e a prova da existência de deuses.
Aí deixava de ser ateu.

Mas não passava a gostar mais de deuses do que gosto. Pelo contrário passava a detestá-los ainda mais, pelo simples facto de existire, serem todo poderosos, e permitirem as misérias e sofrimentos que hoje existem.

E isto foi o que disse no que comentaste.
Gosta de saber como concluiste que para mim que um peixe parir um cão é evolução.
O que eu disse:
Não Sabino.
E ainda bem que não o vi.
Porque se tivesse visto passava a acreditar em Deus
Era uma prova provada da existência do dito cujo.

O não ter visto tal coisa, só reforça, a minha aceitação da teoria da evolução e das premissas que lhe são inerentes.
em resposta a Já viste algum ser vivo a gerar um ser diferente do seu tipo?

É por esta e outras iguais, que a tua credibilidade analitica anda em franco progresso evolucionista: para baixo. 🙂 🙂

Comentar por Joaquim Coelho

Óbvio que não vais ver um ser humano nascer de um rato só porque está mais calor! LOLOL Ou vais??

Quando há uma alteração, os organismos tendem a contornar as dificuldades como população. Ao longo de gerações de selecção (dos mais aptos) nota-se uma diferença na curva de Gauss dessa população relativamente à característica estudada. Agora repara nas centenas de modificações que as populações podem obter sucessivamente. será um degradé de alterações que vai transformando ao longo de muito tempo a população. Se queres uma evolução num tempo criacionista tal não vai acontecer… óbvio. Ninguém vai ver evolução na suas vidas directamente. Ela vê-se estudando as transformações nos antepassados, pela filogenia genética, testes genéticos de PCR ISSR e também por populações de organismos mais pequenos, com tempos de geração mais curtos, de modo a poder checar mudanças mais rapidamente.

Comentar por Dário Cardina

“Se queres uma evolução num tempo criacionista tal não vai acontecer… óbvio. Ninguém vai ver evolução na suas vidas directamente.”

Isto é o que os criacionistas se fartam de apontar… a vossa posição é uma posição de fé. Os exemplos que deste no teu blogue e aos quais chamaste “evolução” não tem nada de evolução darwiniana. Os evolucionistas precisam de mudanças para cima e não mudanças neutras ou para baixo. A vossa necessidade de usar o termo “evolução” para qualquer coisa que aconteça na natureza só mostra como a vossa teoria está ameaçada pelas evidências.

Comentar por alogicadosabino

Na ediçao do mes passado da Scientific American Brasil saiu uma reportagem denominadada:
Evoluçao in Vitro, cujo tema era mais ou menos o relacionado ao post indicado pelo Sabino no final deste, Evolução num tubo de ensaio? – Mais uma tentativa de vender gato por lebre.
Realmente, a materia era uma tentativa de vender gato por lebre, como diz o Sabino.
Sublinhei algumas partes interessantes.
Quando estiver com ela em maos, as transcrevo para vcs aqui.

Comentar por Fabricio Lovato

Joaquim,
Pelos vistos não conheces a história da teoria da evolução. Já ouviste falar no “Hopeful monster”? Era uma teoria que os darwinistas tentaram propagar como forma de justificar a ausência de fósseis que sirvam de “intermédios”. A teoria essencialmente dizia, por exemplo, que se calhar uma ave surgiu de um ovo de um dinossauro. Isto seria, de acordo com esses evolucionstas, evidência para a evolução.

Mas como é normal, a ciência recusa-se a confirmar os mitos ateus, e como tal essa teoria foi (mais ou menos abandonada).

Quando tu dizes que um peixe a dar a luz um cão não seria exemplo de evolução, estás a contradizer os teus próprios irmãos evolucionistas.
Vocês agora agarram-se ao “peixes dão à luz peixes” porque é isso que se pode observar. Se amanhã um peixe der à luz um sapo, vocês vão acomodar essa observação com a teoria da evolução.
Eu sei porque é isso que fizeram com o “junk DNA”, com o próprio ADN (que é um sistema de informação), com a ausência de fósseis intermédios (Criaram a nova teoria chamada de “equilibrio pontual”). Ou seja, a vossa teoria acomoda QUALQUER observação.

Comentar por Mats

Tanto palrar para não dizer nada, só interpretações de treta.

Nenhum cientista diz que um cao parir uma abetarda é evolução. Para a ciência é uma grande treta.

Comentar por Joaquim Coelho

Já se confirmou por processos de PCR, ISSR, etc que os DNA “lixo” no nosso organismo são codificantes em organismos inferiores. Em seres cada vez mais evoluídos e DNA “lixo” aumenta, aumenta em proporção à árvore filogenética. Não é curioso?

Comentar por Dário Cardina

o ADN-lixo é outro falhanço da teoria da evolução. A ciência pouco a pouco tem vindo a destruir esse mito do adn-lixo. Para teu bem, eu ficaria um pouco reticente antes de atirar o argumento do junk-DNA.

Comentar por alogicadosabino

porque dizes isso?

Comentar por Dário Cardina

Curiosa é a ausência de transicionais, quando estes deveriam ser 99,9% dos fósseis encontrados.

Comentar por MVR

99,9 % ?

Extraordinário, porque não 100% ?

Santa ignorância 🙂

Só para clarificar: o que consideras um fóssil transicional ? (Tem que estar incluido nos tais 99,9 %)

J

Comentar por Joaquim Coelho

Ai é? Porquê?

Comentar por Dário Cardina

É.
Pq mostram que não houve uma evolução.

Comentar por Fabricio Lovato

Como? Explica. Leste isso em algum sítio? Quero saber como funciona essa hipótese.

Comentar por Dário Cardina

Dário, digo isso porque o que se tem vindo a descobrir é que partes que eram tidas como mero lixo, afinal desempenham importantes funções no nosso mecanismo genético. Estou certo que também já viste notícias a atribuirem funções a anteriormente designado junk-DNA.

Comentar por alogicadosabino

O DNA-lixo tem funções, é certo. Tens uma sequência de 21 nucleótidos (um exemplo)que te poderão que podem codificar para mais de 7 aminoácidos. Isso é devido a um sistema genético, o polimorfismo. Quanto mais acima na árvore filogenética se encontra um organismo mais sofisticada é o polimorfismo e mais sequências desse tipo tem. O que faz sentido olhando para a árvore filogenética. A complexidade vai aumentando, como o número dessas sequências.

Esta é uma forma de guardar informação (não é eliminada) genética. O organismo pode usá-la só em caso de necessidade. Estas sequências são uma forma de os organismos cada vez mais complexos (que vão acumulando sequências ao longo da sua evolução) guardarem informação que pode ser utilizada mas sem o inconveniente de estar sempre a processá-la. Isto faria com que a célula ficasse sobrecarregada.

Comentar por Dário Cardina

Exemplo de organismos cada vez mais complexos ao longo da evolução, porque?
Eu achei que os ‘primeiros organismos'(aparentemente mais simples)eram genéticamente mais complexos. Eles não têm essas funções?

Comentar por arthgar

Os primeiros organismos são mais complexos do que à primeira vista. O que acontece é que os investigadores estavam à espera que tivessem um número de pares de bases de acordo com a sua posição na árvore. Ou seja, que tivesses um genoma pequeno e que codificasse para poucas proteinas. O que se verificou é que a drosophila melanogaster, por exemplo, tem tantos pares de bases do que nós. Então porque não faz o que fazemos? e porque tem tantos? A resposta é que se trata do DNA dos ancestrais. É a parte do genoma que não tem funções na sua vida normal e que serve de estrutura. Isto é, verificou-se que não participam na síntese de nada, isto em condições normais. O curioso é que parte desse genoma é activo no seu ancestral e por aí em diante. Há um acumular de DNA dos ancestrais. Assim, foi construida uma árvore baseada nos testes genéticos com PCR para determinar as distâncias entre organismos.

Outra descoberta foi a seguinte. Sequências polimórficas apareceram depois, de forma a não encher tanto a célula de sequências inúteis, em condições normais. Isto faz com que tenhamos poucas pares de bases para tantas sequências codificadoras. E faz com que tenhamos um pouco menos pares de bases que a mosca.

Comentar por Dário Cardina

“Como? Explica. Leste isso em algum sítio? Quero saber como funciona essa hipótese.”

Não sabes, pois?
Sem problemas, o Charles explica:

“Pela teoria da seleção natural, todas as espécies vivas são interligadas com as espécies progenitoras de cada gênero, por diferenças não maiores do que as que vemos atualmente entre as variedades natural e doméstica das mesmas espécies; e essas espécies progenitoras hoje geralmente extintas, por sua vez teriam sido interligadas de maneira semelhante com outras formas mais antigas; e assim sucessivamente, sempre convergindo para o ancestral comum de cada grande classe.”

“Porém, exatamente na mesma proporção em que esse processo de extermínio atuou em tão grande escala, deveria ter existido um número de variedades intermediárias verdadeiramente enorme, variedades estas que teriam existido sobre a terra. Por que então todas as formações geológicas, em todos os estratos, não estão repletos de formas de transição como essas? A geologia certamente não revela nenhuma cadeia orgânica finamente graduada como esta; e isto talvez seja a objeção mais óbvia e mais grave que possa ser feita contra a minha teoria.”

Comentar por Fabricio Lovato




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