Sem repararmos, há certas coisas que damos por garantido. A Razão é uma delas. Como é que um indivíduo que abraça o materialismo ateísta explica a existência de um valor imaterial como a Razão? Um ateu é um indivíduo que acredita que a natureza é tudo o que há e existe. É um indivíduo que acredita que não existe um Ser superior por detrás de tudo isto. O ateísmo é uma posição filosófica fácil de refutar e a sua impossibilidade é evidência da existência de Deus.
A Razão numa visão cristã do mundo
Utilizar a Razão significa utilizar as leis do raciocínio correcto. Uma delas é a lei da não-contradição, que diz que uma proposição não pode ser verdadeira e falsa, ao mesmo tempo e referindo-se ao mesmo assunto (por exemplo: Neste preciso momento, estou a redigir um post e não estou a redigir um post). Qualquer pessoa racional aceita esta lei. A sua não aceitação tornaria impossível o debate racional. Mas por que razão ela tem, necessariamente, de ser aceite e estar correcta? Por que motivo devem existir leis universais de raciocínio?
Os cristãos sabem responder bem a esta pergunta. Para o cristão, a Razão é um reflexo da natureza de Deus (visto ele ter sido criado à Sua imagem e semelhança):
“se somos infiéis, ele permanece fiel; porque não pode negar-se a si mesmo” (II Timóteo 2:13)
A lei da não-contradição não é apenas a opinião pessoal de alguém a respeito de como devemos pensar mas advém da natureza de Deus. Deus não pode negar-se a si mesmo e, como tal, a forma como nós operamos é, por conseguinte, não contraditória. E uma vez que Deus é um Ser soberano e imutável, as leis da lógica também são imutáveis. A lei da não-contradição tanto funciona em Portugal, como no Brasil, como na África do Sul. Elas não são constituídas de matéria, elas aplicam-se a todo o lado, em todas as alturas, devido à natureza universal de Deus. A Razão e a Lógica seriam impossíveis sem a existência do Deus bíblico.
A irracionalidade do mundo ateísta
Um mundo ateísta não pode ter leis de raciocínio. Um ateu evolucionista é um indivíduo que acredita que tudo evoluiu, através de mutações aleatórias, e que tudo o que acontece no nosso cérebro são apenas moléculas a reagirem. Ora, moléculas não têm vontade própria nem capacidade racional. Químicos não pensam. Por que razão deveria o ateu evolucionista confiar nas reacções químicas que operam dentro do seu cérebro? São só moléculas a reagir. Ele acredita que tudo o que existe é material – parte integrante do mundo físico. Mas as leis de raciocínio não são materiais. Elas não poderiam existir num mundo ateísta.
Sempre que o ateu utiliza a Razão ele está a pedir isso “emprestado” à cosmovisão cristã. Isso é inconsistente. Ele usa conceitos que só fazem sentido num mundo cristão para argumentar contra o Cristianismo. É como alguém que debata contra a existência do ar ao mesmo tempo que o respira. O ateu utiliza conceitos cuja existência ele não consegue explicar segundo a sua visão do mundo.
As tentativas de defesa do ateu materialista
a) “Eu consigo utilizar a razão muito bem e não preciso de acreditar em Deus”
Isto é o mesmo que o indivíduo que debate contra a existência do ar dizer: “Eu consigo respirar muito bem e não acredito na existência do ar“. Isto não é uma resposta lógica e cabal. Respirar requer a existência de ar e não uma crença na sua existência ou não existência. Da mesma forma, a Razão requer a existência de Deus e não acreditar que Ele existe ou não existe. Claro que o ateu pode utilizar a Razão. Isso acontece porque Deus nos criou com essa capacidade. Esse é o ponto. A Razão só é possível porque Deus existe.
b) “As leis da lógica são convenções criadas pelo Homem”
Se elas fossem convenções criadas pelo ser humano, então isso queria dizer diferentes populações poderiam adoptar leis de raciocínio diferentes. Portanto, em certas culturas poderia ser lógico contradizer-se. Claro que isto não é lógico. Se as leis de raciocínio fossem convenções, elas não seriam universais. O debate racional seria impossível pois cada um poderia usar as suas leis de raciocínio.
c) “Elas funcionam bem e é por isso que as utilizamos”
Com esta afirmação, a pergunta continua sem ser respondida. É claro que elas funcionam bem… elas são verdadeiras. Mas a questão não é essa. Nós queremos saber é como é que um ateu evolucionista as justifica, de acordo com a sua visão do mundo. Como é que as leis de raciocínio universais surgiram num processo aleatório, sem assistência externa, não-direccionado? Como é que algo imaterial pode existir num universo puramente material?
(Mais respostas serão colocadas se surgirem)
CONCLUSÃO
O ateísmo não é um sistema filosófico racional. Eles gostam de dizer que não acreditam em Deus porque são racionais e não estão presos a superstições mas, no entanto, não conseguem oferecer uma base racional para a existência da própria Razão. Se a nossa mente é o resultado de milhares e milhares de mutações aleatórias e sem propósito, por que deveríamos nós confiar no que ela nos diz? O ateu pode usar a Razão porque foi criado por um Deus racional. Ele “pede emprestado” coisas que só fazem sentido se Deus existe para depois argumentar contra Deus. É por isso que a impossibilidade do ateísmo constitui evidência para a existência de Deus.
Ver também: Toda a gente age como se Deus existisse
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“b) “As leis da lógica são convenções criadas pelo Homem”
Se elas fossem convenções criadas pelo ser humano, então isso queria dizer diferentes populações poderiam adoptar leis de raciocínio diferentes”
Então foi Deus que criou as leis lógicas. Curioso.
Ele teve que criar as lei que criou OU poderia ter criada outras leis diferentes, por exemplo poderia criar leis que não incluissem o “princípio da não contradição” ????
José Simões
Comentar por js Maio 23, 2009 @ 8:42 pm“Ele teve que criar as lei que criou OU poderia ter criada outras leis diferentes,”
segundo sua lógica, essa no caso jah é a lei diferente, como seiria a outra, só pq é são significa que não seja, pois é a outra que não é, e isso não faz com que ela não seja ou seja, apenas que não é (rsrs, foi só para zoar).
Comentar por Edrick Setembro 5, 2009 @ 5:43 pmJoão,
Comentar por Mats Maio 23, 2009 @ 10:25 pmDeus não criou as leis da lógica. As leis da lógica sempre existiram porque Deus sempre existiu. As leis do pensamento humano são leis que refletem a forma como Deus pensa e a forma que Deus espera que nós pensêmos.
Reformulo a minha questão: Deus podia pensar de outra maneira, por exemplo que uma coisa podia ser e não ser a mesma coisa???
José Simões
Comentar por js Maio 25, 2009 @ 3:08 pmComo é que uma coisa pode ser e não ser a mesma coisa? Isso é contradição e foi devidamente abordado no post.
Comentar por alogicadosabino Maio 25, 2009 @ 4:40 pm“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
Comentar por Fabricio Lovato Maio 25, 2009 @ 2:06 pmRomanos 12:2
Caro,
Depois do IDA como tem pretensão de ser cristão?
Lamento, nada em ciência faz sentido a não ser a luz do naturalismo filosófico.
Marcus.
Comentar por Marcus Maio 25, 2009 @ 8:10 pmCaro Marcus
Leste o seguinte post do Sabino?
Comentar por Fabricio Lovato Maio 25, 2009 @ 9:05 pmhttps://alogicadosabino.wordpress.com/2009/05/20/fazer-pessoas-a-partir-de-lemures/#comments
Certa vez também foi dito:
“Como ainda podem existir cristãos depois da descoberta do Homem de Piltdown?”
😀
Comentar por Fabricio Lovato Maio 25, 2009 @ 9:06 pmMarcus, esse é o comentário típico de uma pessoa que lê acriticamente aquilo que vem na divulgação científica popular.
Para além de leres aquele post que o fabricio linkou, ve também este:
“8ª maravilha do mundo” não deslumbra paleontólogos
Comentar por alogicadosabino Maio 26, 2009 @ 9:51 amFala sério, Marcus,quase nem acredito que soltaste isso
Acha mesmo que o Zoboomafoo é o elo perdido?
Comentar por arthgar Maio 27, 2009 @ 1:59 am(Ou a prima dele)
Acreditas num elo perdido?
Comentar por arthgar Maio 27, 2009 @ 1:59 amFabricio Lovato, confesso que gostei do Zoboomafoo.
Sou sincero, sei que não temos uma lei, somente um princípio – refiro-me à síntese neodarwinista.
Não é o estardalhaço que faz as mídias que me impulssiona, mas as pequenas descobertas que ocorrem aqui ou acolá. Não vou negar que existem coisas complexas – aparentemente irredutíveis – informações complexas – aparemente especificadas -, mas o fato é que qualquer afirmação da existência de um Deus -seja um Deus de amor ou somente um observador indiferente, não é considerado em ciência.
Não quero que pensem que julgo vocês como ignorantes, incultos e/ou qualquer coisa fundamentalista; somente creio que devem libertar-se desse bloqueio epistemológico.
Com todo o respeito,
Comentar por Marcus Maio 27, 2009 @ 9:28 pmMarcus.
Caro Marcus,
“mas o fato é que qualquer afirmação da existência de um Deus -seja um Deus de amor ou somente um observador indiferente, não é considerado em ciência.”
Isso é porque a discussão não é entre ciência e religião mas entre naturalismo e religião. A ciência é a mesma tanto para evolucionistas como para criacionistas. O que acontece é que os dois utilizam um diferente ponto de vista para interpretarem as observações.
Comentar por alogicadosabino Maio 29, 2009 @ 5:48 pmIgor,
Não leio nada acriticamente.
O fato é: Não existe imparcialidade, eu não sou, você não é.
Um abraço fraterno,
Comentar por Marcus Maio 27, 2009 @ 9:30 pmMarcus.
Perdão,
Comentar por Marcus Maio 27, 2009 @ 9:36 pmColoquei vosso nome como Igor.
“Sabino.”
“Não vou negar que existem coisas complexas – APARENTEMENTE irredutíveis – informações complexas – APARENTEMENTE especificadas”
Isso me soa Richard Dawkins:
Comentar por Fabricio Lovato Maio 28, 2009 @ 12:07 am“A biologia é o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido planejadas.”
Fabricio Lovato,
Não posso negar que já li Richard Dawkins, mas não creio que os livros dele sejam os mais indicados para se estudar ciência. Ele é zoologo, e como tal, um ótimo escritor.
Eu percebo muito de matemática, porém pouco de biologia. Tenho estudado a teoria da informação do senhor Gregory Chaitin, bem como as teorias da complexidade da informação do Dr. Robert J. Marks II.
O que posso adianta – de uma forma precipitada e imatura, eu confesso -, é que eles estão tateando no escuro. Não há como determinar que uma informação complexa é especificada – para o caso do Dr. Robert J. Marks II -, e que o senhor Chaitin reduz tudo aos bits, de uma forma elegante, porém precipitada. Quanto ao senhor William Dembinski, ele é um intelectual, mas um péssimo matemático. Recebeu críticas gigantescas de um dos seus tutores em tempos de Universidade.
Respeitosamente,
Comentar por Marcus Maio 28, 2009 @ 9:09 pmMarcus.
“…No entanto, não conseguem oferecer uma base racional para a existência da própria Razão(…)”. Vocês, cristãos têm uma explicação racional para a existência divina? Uma explicação para a intervenção mútua, em todo universo do um ser imaterial capaz de “mover montanhas”? Não há como cobrar argumentos de um ateu, enquanto vocês se baseiam em metáforas.
Grato, Luiz Phelipe Fernandes.
Comentar por Luiz Phelipe Junho 5, 2009 @ 12:50 pmLuiz Phelipe, obrigado pelo comentário submetido.
Posso responder a isso de duas maneiras:
“Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que ele não seja sábio aos seus próprios olhos.” (Provérbios 26:5):
Um Big Bang criou Deus.
e
“Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que também não te faças semelhante a ele.” (provérbios 26:4)
A minha explicação racional é a própria capacidade de ter pensamento racional, algo que não faz sentido se o ser humano é apenas o arranjo de moléculas resultado de milhares e milhares de erros genéticos aleatórios. Se o ser humano foi evoluindo, poderia haver povos que ainda não tinham desenvolvido as leis de raciocínio lógico, já que o processo foi gradual. Quer isso dizer que, para alguns, a lei da não-contradição poderia ser verdadeira e para outros ainda não. Faz sentido para ti?
O facto de reconhecermos a existência de leis universais de raciocínio lógico implica a existência de um criador racional e imaterial, uma vez que essas leis também são imateriais.
E tu… queres tentar dar uma sugestão para as questões levantadas no post ou não te sentes capaz?
Comentar por alogicadosabino Junho 5, 2009 @ 6:08 pmCreio que o autor deu um passo além da perna.
Comentar por Alexandre Junho 9, 2009 @ 11:06 pmO fato de existirem leis que determinam o funcionamento da razão não implica que exista um Deus que as determinou, mas significa apenas que ela funciona assim. As regras da razão podem ter sido organizadas assim por meio de um processo evolutivo que selecionou aquilo que melhor se adaptava à missão de gereciar o organismo como um todo. Desde o século XVIII sabe-se que a razão necessita ultrapassar a si mesma em razão de suas regras, mas isto é apenas um postulado da razão. Dizer algo além disso é ultrapassar seus limites. Atualmente, dado a descoberta de mais e mais evidências (que corroboram com a visão “científica” do mundo), a idéia de um Deus por trás de tudo está ficando cada vez mais tola.
Caro Alexandre,
“O fato de existirem leis que determinam o funcionamento da razão não implica que exista um Deus que as determinou, mas significa apenas que ela funciona assim.”
Ou seja, é assim porque é assim. Aconteceu. Mas nós queremos saber é por que é que existem leis de raciocínio que se aplicam a todos se elas são apenas o resultado de lotaria evolutiva. Será que no passado a lei da não-contradição já tinha evoluído em certos grupos de pessoas e noutros ainda não? Será que no passado havia grupos de pessoas que achavam normal contradizer-se logicamente?
“As regras da razão podem ter sido organizadas assim por meio de um processo evolutivo que selecionou aquilo que melhor se adaptava à missão de gereciar o organismo como um todo.”
Pergunto o mesmo: Será que no passado a lei da não-contradição já tinha evoluído em certos grupos de pessoas e noutros ainda não? Será que no passado havia grupos de pessoas que achavam normal contradizer-se logicamente? haverá alguma parte do globo onde as leis da razão ainda não tenham evoluído e seja normal contradizer-se? Será que se descobrissemos vida noutros planetas constataríamos que era normal eles contradizerem-se? Podiam ainda não ter evoluído as leis da lógica.
A cosmovisão cristã tem suporte racional para explicar a existência a de leis universais de raciocínio lógico. A tua cosmovisão ateísta não tem e tudo aquilo que vocês podem dizer é o que acabaste de dizer: “a razão evoluiu”. Então se a razão evoluiu eu posso contradizer-me quando debato contigo pois a lei racional da não-contradição pode ainda não ter evoluído em mim, o que é um perfeito disparate. A tua cosmovisão é irracional porque inconsistente. Pede emprestado conceitos e valores de outras cosmovisões para depois argumentar contra essas cosmovisões.
“Atualmente, dado a descoberta de mais e mais evidências (que corroboram com a visão “científica” do mundo), a idéia de um Deus por trás de tudo está ficando cada vez mais tola.”
Referes-te, por exemplo, à descoberta de colágeno num dinossauro que supostamente tem 80 milhões de anos, quando se sabe que essa proteína não dura nem um quarto desse tempo?
Ou talvez à existência de máquinas moleculares que trabalham em esforço coordenado para tu poderes viver? Maquinaria essa que tem de estar toda presente e viável para o organismo funcionar e que não poderia ter evoluído lenta e gradualmente.
Comentar por alogicadosabino Junho 9, 2009 @ 11:21 pmsou atheo e a minha razao e q por q o seu deus q criou tudo nao criou o serumano perfeito temos q matar para comer e ele diz nao mataraz………………………nem presizo dizer mas nada
Comentar por barthe Setembro 5, 2009 @ 5:07 ambarthe, na criação original de Deus não era preciso matar para comer, como diz a bíblia em Génesis 1:29-30. Só depois do pecado humano é que a criação ficou sujeita a esses males. E o “Não matarás” aplica-se a homicídios premeditados, onde os animais não estão incluídos.
Comentar por alogicadosabino Setembro 5, 2009 @ 2:43 pm“serumano”… nem quero dizer mas nada
Comentar por Edrick Setembro 5, 2009 @ 5:35 pmnossa voces acreditam em um amigo imaginario, e eu que so ateu so irracional?
ashdhasuidhuaisda
Comentar por lalala Dezembro 1, 2009 @ 12:10 amclaro, parabens
razao nao tem nd a ver com algo superior,
Comentar por lalala Dezembro 1, 2009 @ 12:11 amcerebro, conhecimento?
sabes q isso?
milhares e milhares de mutações aleatórias e sem propósito,
o proposito dessas milhares de mutaçoes, eh a evoluçao
para melhor se adaptar ao meio ambiente que vive
nossa tem gente mt ignorante pelo amor
Comentar por lalala Dezembro 1, 2009 @ 12:13 amola lalala,
com comentarios desses, nao creio que tenhas percebido o texto e onde reside o problema ateísta. Le-o mais 2 ou 3 vezes e depois faz comentarios com conteudo.
Abraço
Comentar por alogicadosabino Dezembro 1, 2009 @ 12:53 amAo autor:
“Sem repararmos, há certas coisas que damos por garantido. A Razão é uma delas.”
A razão é uma verdade relativa.
“Como é que um indivíduo que abraça o materialismo ateísta explica a existência de um valor imaterial como a Razão?”
Ser imaterial não quer dizer ser fictício, a razão existe independente do homem existir.
Assim, a grosso modo, o homem apenas percebe a existência da razão no universo, assim como percebe a existência de outras “leis”, como a gravitacional.
O homem pode perceber a razão de uma forma e outra espécie pode percebe-la de outra. resumindo:
1 – A razão é independente da existência do homem, isso não quer dizer que o homem a percebeu competamente, e não quer dizer também, que o homem a percebeu realmente da forma como ela funciona.
2 – Outros animais podem percebê-la de forma diferente, nem por isso estarão criando-a
“a sua impossibilidade é evidência da existência de Deus.”
Existir o sobre natural, não quer dizer necessariamente existir “Deus”.
E uma das formas de se obter um resultado correto (ex: com relação a existência do Criador) é descrever condições no resultado do raciocínio que o fazem exclusivo, pois, se não, apenas será uma possibilidade assim como as demais. (aquela velha de “por que tem ser este e não outro?”)
“moléculas não têm vontade própria nem capacidade racional. Químicos não pensam. Por que razão deveria o ateu evolucionista confiar nas reacções químicas que operam dentro do seu cérebro? ”
Da mesma forma que voce confia no que ocorre dentro do seu computador.
A diferença é que o “computador” humano ou de uma formiga, é quase que infinitamente mais potente do que este que este computador que voce usa para se comunicar na internet.
““Eu consigo respirar muito bem e não acredito na existência do ar“.”
Não a mesma correlação, porque a sua tese de que a razão não existe sem Deus é apenas uma hipótese, porque o resultado do raciocínio não é exclusivo, havendo um infinito de outras explicações seguindo a mesma regra. (acima já foi explicado).
“Como é que as leis de raciocínio universais surgiram num processo aleatório, sem assistência externa, não-direccionado?
O raciocínio apenas percebe a razão existente no universo, se a gravidade pode ter surgido num processo aleatório, a razão também pode ter surgido.
Comentar por Clayton Luciano Dezembro 1, 2009 @ 10:59 amOi Luciano, teve um bom fim de semana?
Da mesma forma que voce confia no que ocorre dentro do seu computador.
Então, o computador foi criado por nós, desenvolvido conforme um propósito definido por desingers inteligentes.
Já que comparas o computador com o cérebro da formiga, então o “computador” dela também foi criado, certo?
Do contrário estaria comparando coisas incomparáveis e fica estranho né?
Abraço.
Comentar por nilo Dezembro 1, 2009 @ 12:27 pmNilo:
“Então, o computador foi criado por nós, desenvolvido conforme um propósito definido por desingers inteligentes”
Apesar de não conhece-lo, acredito que não foi voce quem criou o computador,
Quando eu nasci, o computador já existia, então se baseando nisso, acredito que não foi eu também quem criou o computador.
Como foi exposto, existir sobre natural não significa existir seres sobrenaturais bem definidos, e mesmo que existam, por si só, por esta afirmação, não é possível definir qual desses seres criou algo.
“Já que comparas o computador com o cérebro da formiga, então o “computador” dela também foi criado, certo?
Do contrário estaria comparando coisas incomparáveis e fica estranho né?”
O fato de certos seres terei elementos em comun não quer dizer que devem ser equivalentes em totalidade.
O fato de um caminhão ter rodas e uma motocicleta ter rodas não os fazem igual em totalidade,
Derrepente “Nós” não criamos o computador, apenas o descobrimos.
Comentar por Clayton Luciano Dezembro 1, 2009 @ 1:10 pm“não foi voce quem criou o computador”
Me desculpa por ter expressado mal.
Dizia nós; “humanos”, e não nós; “eu e você”.
É como dizer: nós inventamos bombas capazes de aniquilar a vida na terra.
Nós humanos, e não eu e você ou os golfinhos (por mais inteligentes que eles pareçam).
Entendeu né?
Abraço.
Comentar por nilo Dezembro 1, 2009 @ 1:43 pmNilo:
“Dizia nós; “humanos”, e não nós; “eu e você”.”
voce não entendeu o objetivo, o fato da alegação do mundo ter sido criado por ser sobre natural, não é suficiente para saber qual ser, e se é do bem ou do mal,
o fato do computador ter sido “criado” por seres humanos não é suficiente para dizer qual ser humano o “criou”.
Comentar por Clayton Luciano Dezembro 1, 2009 @ 1:48 pmA tá, legal.
É claro Luciano! Acredite eu não discordo de você nesse ponto.
Não é preciso ser religioso para notar o Desing Inteligente. Ou seja, apuramos impiricamente que houve criação, indiferente de pressuposições sobre o Criador.
“A conclusão pode ter implicações religiosas, mas não depende de pressuposições religiosas.”
Dr Michael Denton
Você mesmo pode defender o Desing Inteligente sem qualquer preocupação em definir o Criador.
Abraço.
Comentar por nilo Dezembro 1, 2009 @ 2:01 pmNilo:
Só mais uma coisa, eu não defendo o desing Inteligente, as afirmações são só para voces verem os saltos que voces fazem e o que voce creem pode ser um sentimento.
Comentar por Clayton Luciano Dezembro 1, 2009 @ 2:34 pmNão é um sentimento, mas começa em um sentimento… e tem seu desenvolvimento e climax na razão.
Assim como tudo na vida humana.
“Nada de grande se realizou no mundo sem paixão”
(Hegel)
Achei um resumo sobre o tema em uma página de discussão filosófica.
“O desejo de conhecimento, que é causa precedente da razão, pode ser definido como um sentimento” ( Aqui ).
Comentar por nilo Dezembro 1, 2009 @ 3:30 pmE uma vez que Deus é um Ser soberano e imutável, as leis da lógica também são imutáveis. A Razão e a Lógica seriam impossíveis sem a existência do Deus bíblico. Falácia Afirmação do conseqüente: essa falácia é um argumento da forma “A implica B, B é verdade, portanto A é verdade”.
Um mundo ateísta não pode ter leis de raciocínio. Um ateu evolucionista é um indivíduo que acredita que tudo evoluiu, através de mutações aleatórias, e que tudo o que acontece no nosso cérebro são apenas moléculas a reagirem. –>A falácia do espantalho ocorre quando você deturpa a posição de alguém então pode-se atacar mais facilmente, derrubar essa posição deturpada, e então concluir que a posição original foi demolida. Isso é uma falácia porque falha em lidar com o argumento atual que foi feito.
Comentar por Lú Dezembro 8, 2009 @ 8:59 pm“Eu consigo utilizar a razão muito bem e não preciso de acreditar em Deus”
Isto é o mesmo que o indivíduo que debate contra a existência do ar dizer: “Eu consigo respirar muito bem e não acredito na existência do ar“. Isto não é uma resposta lógica e cabal. Não não é mais uma falácia do homem palha.
Comentar por Lú Dezembro 8, 2009 @ 9:01 pmQue blog ilógico e irracional!
Comentar por Lessa Dezembro 8, 2009 @ 9:12 pmLessa,
“Que blog ilógico e irracional!”
Segundo a lógica e a racionalidade de quem? Essa lógica e racionalidade são universais? Por quê? Quem decidiu que elas eram universais? 😉
Comentar por alogicadosabino Dezembro 8, 2009 @ 9:15 pmReason is a human mental faculty that is able to generate conclusions from assumptions or premises.
Vamos assumir esta definição do wikipedia como a correcta para razão.
A partir do momento em que informação é introduzida no cérebro “São só moléculas a reagir.”, não da forma simplista como é a ideia que tentas fazer passar, mas através dos milhões e milhões de impulsos eléctricos no cérebro, combinações.
Os livros de Oliver Sacks são uma abordagem descontraída de como partes afectadas do cérebro têm influência no normal comportamento das pessoas.
Como chegámos à razão. Suponho que seja necessário um salto de fé ainda mais poderoso do que acreditar em Deus. Senão imaginemos: no início não havia o verbo mas uma molécula com a capacidade de se autoduplicar, sem qualquer raciocínio. Após alguns milhões de anos surgiu uma criatura multicelular e quem sabe com alguns sensores que simplesmente a levavam a desviar-se perante obstáculos (ainda não será necessário haver processamento cerebral). Passados mais alguns milhões de anos, havia-se desenvolvido uma célula fotosensível, ou seja, sempre que um impulso eléctrico acusava bloqueio de luz implicava algo perto e seria melhor dar às barbatanas (início de actividade cerebral?). Após mais uns milhões de anos algo com a capacidade de processamento dos actuais computadores. E no ano 2000 DC uma rede de impulsos eléctricos capaz de questionar sobre a sua existência.
Bem sei que os livros de HG Well são mais interessantes, mas não precisei de introduzir nenhum Criador para apresentar uma teoria.
Ah! e já agora, sim, as conclusões que tiramos de suposições e premissas são fortemente influenciadas de memes da religião cristã.
Comentar por Nuno Dias Fevereiro 1, 2010 @ 2:43 pmNuno Dias,
“Bem sei que os livros de HG Well são mais interessantes, mas não precisei de introduzir nenhum Criador para apresentar uma teoria.”
Pois, mas qualquer um pode jogar o jogo de apresentar uma histórinha qualquer sem ter de apresentar a mínima evidência dessa história. Fascina-me a forma como constróis uma narrativa fantasiosa como se de factos estivesses a falar: “após milhões de anos surgiu…”, “passados mais milhões de anos havia-se desenvolvido…”. Boy, e eu pensava que tu só acreditavas na ciência. Andaste aqui a enganar o pessoal todo, ts ts. Mas acho que a tua história poderia ficar mais interessante se descrevesses como esses alguns sensores se formariam e faziam o bicho ganhar consciência.
Abraço
Comentar por alogicadosabino Fevereiro 1, 2010 @ 2:55 pmVOCES NÃO PODEM DIZER SOBRE ATEISMO A PARTIR DO MOMENTO QUE VOCES SÃO CRENTES EM ALGO
Mas NÓS PODEMOS FALAR ALGO, SOBRE RELIGIAO E FÉ, A PARTI DO MOMENTO QUE MUITO DE NÓS JA FOMOS CRENTES!!1!
PENSE!!!
Comentar por jose maria Março 29, 2010 @ 11:39 pmNinguém nasce crente :p
Um bom exemplo para procurares pode ser Antony Flew.
Um abraço!
Comentar por Joana Setembro 16, 2010 @ 3:41 pmLeia a Crítica da Razão Pura, de Kant, e você vai entender que tudo o que você está dizendo é bobagem. Dizer que a razão é coisa que vem de Deus é um argumento sem o menor fundamento. Você não explicou em nenhum momento como e por que a razão vem de Deus, apenas afirmou isso como se nós fossemos obrigados a concordar.
Comentar por Jose Nilson Junho 16, 2011 @ 10:46 am“Reformulo a minha questão: Deus podia pensar de outra maneira, por exemplo que uma coisa podia ser e não ser a mesma coisa???”
Não há essa possibilidade de algo ser e não-ser ..questão de lógica, princípio de não-contradição.Agora as demais “religiões, filosofias” ( falsas, autocontraditorias e gnósticas ou panteístas ) acreditam nisso.
Para a Gnose, Deus não é aquele que é e sim um constante vir-a-ser. Ele seria a mudança. Ora, é interessante que Deus tenha prevenido os judeus contra essa mentira dizendo: “Pois eu sou o Senhor e não mudo”.
Comentar por alice Junho 26, 2011 @ 4:31 amPara várias seitas gnósticas, a divindade original é chamada contraditória ou dialeticamente de Tudo e Nada ao mesmo tempo. Na Grécia, essa divindade era o Pan (tudo) e Bythos (o vazio). Na India é Brahman (tudo) e o Nirvana (nada absoluto). O Bhagavad Gita diz que essa divindade é ser e não-ser, é aquele que está além” (Bhagavad Gita, XI, 37).
Comentar por alice Junho 26, 2011 @ 4:33 amNa Cabala judaica se ensina que o Em-Sof é o nada (cf. G. G. Scholem, Major trends in jewish mysticism – A mística judaica, Perspectiva, São Paulo, 1972, pp. 12-13). G. G. Scholem diz que “ser e não-ser não são senão diferentes aspectos da realidade divina que no fundo é um super-ser” (G. G. Scholem, Lês origines dela Kabble, p. 448).
Comentar por alice Junho 26, 2011 @ 4:38 am“Eu sou o ser e o não-ser” (Bhagavad Gita, IX, 19).
Nos fragmentos heraclitanos se lê: “Um único ser, o único sábio, quer e não quer ser chamado Zeus” (Heráclito, Frag. 32, Diels. ).
A Gnose afirma que o homem possui no mais íntimo de seu ser uma partícula divina, uma centelha de Deus, uma Funkenlein, como dizia mestre Eckhart
Comentar por alice Junho 26, 2011 @ 4:41 amHeráclito “Todo homem tem uma [centelha divina] dentro de si”.
“É preciso ter caos e frenesi dentro de si para [dar à luz uma estrela dançante]. Nietzsche
Comentar por alice Junho 26, 2011 @ 4:59 amBom, Gostaria que todo que estejam lendo isso, usem alguns minutos de seu tempo para ler um pouco sobre esse estudo. Adiantando é sobre o chamado ” Homicidio sem Mote” e Muitos lideres religios defendem essa “teoria” http://insejecmissoes.wordpress.com/povos-nao-alcancados/
Dizem que Deus/Jesus existe, se ele existe como na biblia, ele faz com que o ser humano se sinta ameaçado por ele, para que o ser humano seja seu devoto…uma das frases que soam como ameaça ao menos para mim “SE ME NEGAS ENTRE OS HOMENS TE NEGAREI DIANTE DO PAI”
Comentar por darkrockk Dezembro 11, 2011 @ 11:24 pmReflitam e tirem suas conclusões..
Lamentavel me deparar com um artigo como este. Repleto de ignorânia e falsas premissas. Dizer que um ateu é irracional? Dizer que o raciocínio é algo divino? Acho que vale dizer que o raciocínio é algo que se constrói com o desenvolvimento intelectual, com o passar do tempo. Se fosse algo vindo de dEUS, uma criança teria uma capacidade de raciocínio igual a de um adulto. Nós usamos nossa experiência de vida, nosso conhecimento adquirido (não herdado do além) para saber o que é certo, o que é racional. É meu amigo, acho que não é tão fácil refutar um argumento ateu, diferentemente de um argumento teísta! Só espero que meu comentário não seja apagado, pois de fato a religião sempre oprimiu os que RACIOCINAVAM.
Comentar por Roberto Ricardo Kemfer Março 16, 2012 @ 7:15 pm