No princípio criou Deus os céus e a Terra


Fazer pessoas a partir de lémures
Maio 20, 2009, 2:05 pm
Filed under: Evolução/Big-Bang

Se o Evolucionismo fosse uma religião oficial, podia-se dizer que os cientistas que reportaram este novo “elo transitório” estavam a anunciar a segunda vinda do seu messias – Darwin. Os meios de comunicação, em geral, ficaram doidos com o Darwinus masillae, o fóssil de uma criatura que é 95% lémur, “datado” de 47 milhões de anos. Isto porque quem o analisou afirma que a Ida, nome do fóssil, “parece ser uma antepassada do grupo de primatas superiores a que o Homem pertence, na altura em que se separou da linhagem que deu origem a espécies como os lémures, primatas inferiores e mais afastados do Homem“. O paper original foi bastante conservador quanto a esta afirmação. No entanto, quando os cientistas falam à comunicação social parece que gostam de abrir a boca até não dar mais. Ter publicidade é sempre bom. Mais olhares atentos atraem mais financiamento.

Algum do frenesim mediático [meu destacado]:

This 95%-complete ‘lemur monkey’ is described as the “eighth wonder of the world

They say its impact on the world of palaeontology will be ‘somewhat like an asteroid falling down to Earth” (Sky News)

Extraordinary‘ Fossil Is 47 Million Years Old” (ScienceDaily)

O fóssil até vem na página principal do Google. Foi assim que dei de caras com ele.

O fóssil foi comprado a um coleccionador privado.“O meu coração começou a bater muito depressa”, disse aos jornalistas Jorn Hurum, investigador do Museu de Oslo que esteve à frente da investigação, referindo-se à compra do fóssil. “Eu sabia que o vendedor tinha nas mãos um acontecimento mundial. Não consegui dormir durante duas noites”.

Duas noites sem dormir… entende-se o frenesim todo à volta deste fóssil. Também eu seria levado na onda. Alguém andou a fazer bem o papel de relações públicas.

Apesar de tudo, alguns meios de comunicação souberam accionar o travão. Por um lado, mostraram que tudo aquilo que já se dá por garantido está longe de ser assim. Por outro, suspeitaram da forma como este fóssil recebeu tanta publicidade [meu destacado]:

But some independent experts, awaiting an opportunity to see the new fossil, are sceptical of the claim.  And they have been critical of the hype surrounding the presentation of Ida. […] Although details of the fossil have only just been published in a scientific journal – PLoS One – there is already a TV documentary and book tie-in….” – (Mas alguns especialistas independentes, que estão à espera de uma oportunidade para ver o novo fóssil, são cépticos da alegação. Eles têm criticado o exagero publicitário que envolveu a apresentação da Ida. […] Apesar de os detalhes do fóssil apenas terem sido publicados num jornal científico – o PLoS One – já existe um documentário de TV e um livro sobre o assunto…)

Independent experts are keen to see the new fossil but somewhat sceptical of any claim that it could be “a missing link”.  Dr Henry Gee, a senior editor at the journal Nature, said the term itself was misleading and that the scientific community would need to evaluate its significance.(Especialistas independentes estão desejosos de ver o novo fóssil mas estão um tanto ou quanto cépticos a respeito de qualquer alegação deste fóssil ser um “elo perdido”. O doutor Henry Gee, um editor sénior do jornal Nature, disse que o próprio termo é enganador e que a comunidade científica necessita de avaliar a sua significância.) (BBC)

Scientists unveiled the fossil with much pomp and circumstance at the American Museum of Natural History, where even New York’s Mayor Michael Bloomberg was on hand to extol the discovery. […] The fossil has been shrouded in secrecy and its unveiling unfolded more like a Hollywood production than a scientific discovery. – (Os cientistas revelaram o fóssil com muita pompa e circunstância no Museu Americano de História Natural, onde até mesmo o prefeito de Nova Iorque esteve presente para louvar a descoberta. […] O fóssil foi mantido em segredo e a sua revelação mais pareceu uma produção de Hollywood do que uma descoberta científica) (LiveScience)

Ao ler estas duas últimas frases lembrei-me do famoso Homem de Piltdown. Não sei por quê… ou se calhar até sei. Quando a esmola é grande o pobre desconfia.

O fóssil de um ponto de vista criacionista

O que os criacionistas dizem deste fóssil é mais ou menos o que dizem dos restantes “elos perdidos”:

1) Nada neste fóssil indica que ele é, de alguma maneira, antepassado do ser humano. Só interpretação evolucionista é que é capaz de dizer que uma criatura que é “95% lémur” é ancestral do ser humano. ida

2) Semelhanças nunca podem mostrar relações de parentesco. Se dois organismos têm estruturas semelhantes ou parecidas isso apenas prova que eles têm estruturas semelhantes ou parecidas. É necessário primeiro assumir a Evolução para poder dizer que as semelhanças devem-se ao processo evolutivo em vez de à acção de um criador comum. Além disso, e como é o caso também neste fóssil, os evolucionistas concentram-se nas pequenas similaridades para alegar relações de parentesco, ignorando as gigantescas diferenças.

3) Um fóssil nunca pode mostrar evolução. Ninguém pode saber sequer se aquele pedaço de ossos no chão gerou descendência. Os fósseis apenas mostram relações antepassado / descendente se primeiro se assumir que a Evolução aconteceu. Depois, utiliza-se essa pressuposição para interpretar o fóssil e mostrar como ele está relacionado com outros seres. É preciso primeiro assumir a Evolução para depois dizer que um anfíbio é um animal de transição entre o peixe e o réptil.

4) A excelente preservação deste fóssil testemunha a respeito de um evento catastrófico repentino, como o dilúvio bíblico. É possível ver os contornos dos pêlos e, inclusive, a última refeição do Darwinus masillae. No local foram encontrados centenas de fósseis em excelente estado de preservação. Tal como refere o artigo do Público: “A primata, que não teria mais de nove meses e 53 centímetros de comprimento, caiu nas águas, foi coberta pelo lodo, acabou por fossilizar…

5) Os evolucionistas só admitem a falta de fósseis transitórios quando algum novo aparece. O autor do documentário de TV sobre o fóssil, David Attenborough, afirmou o seguinte The link they would have said until now is missing … it is no longer missing” (O elo que se dizia estar perdido… já não está perdido). Isso quer dizer que até agora, e apesar de os evolucionistas constantemente dizerem que os fósseis provam a Evolução, a evidência fóssil não existia. E se me perguntarem, essa é uma das razões que leva os evolucionistas a verem “elos perdidos” em qualquer fóssil. Eles têm de encaixar a sua interpretação nos fósseis, já que eles não falam por si e a evidência é tão escassa.

CONCLUSÃO

Este fóssil é apenas um lémur normal, que apresenta variações normais dentro do tipo “lémur”. Os evolucionistas interpretam-no como um “elo perdido” porque eles primeiro assumem que a Evolução aconteceu e, depois, utilizam esse seu postulado para criar ligações de parentesco inexistentes. Era bom que os fóssseis falassem… mas eles não falam. É necessário alguém falar por eles.

Ver também: “8ª maravilha do mundo” não deslumbra paleontólogos

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10 comentários so far
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Os cães ladram… e a caravana passa… indiferente…

Comentar por Ezequiel

já lí algumas notícias sobre este bicho, e ainda não vi razão para tanto fuzuê, tem gente afirmando que já foi encontrado o elo perdido.
Ainda procuro uma razão para tal afirmativa.

Comentar por arthgar

“Os cães ladram… e a caravana passa… indiferente…”

Pra você se dar ao trabalho de escrever isso não me pareceu indiferente 😀

Comentar por alogicadosabino

“A fé é a certeza de fósseis que se esperam; a convicção de elos que não se vêem”.
Arnold Lunn

Comentar por Fabricio Lovato

Li essa notícia há pouco no blog do Michelson Borges. Interessante o trecho:

“A pesquisa sobre sua importância foi liderada pelo cientista Jorn Hurum, do Museu de História Natural de Oslo, Noruega. Hurum diz que Ida representa “a coisa mais próxima que temos de um ancestral” e descreveu a descoberta como “UM SONHO QUE SE TORNA REALIDADE”.

Cabe também lembrar que muitos fósseis tidos como “de ligação” são apenas “fósseis mosaicos”, seres que reúnem características de diversos grupos. Estes conceitos devem ser entendidos como descritivos e não dizem nada sobre a relação de origem-parentesco.
Como disse o Sabino no post, primeiro deve-se assumir a Evolução como verdade para depois apontar a “evidência”.

Comentar por Fabricio Lovato

olá
comecei a ler seus posts recentemente
ja tirei várias duvidas
principalmente em relação a idade da terra.
q Deus continue lhe abençoando.

Comentar por Clayra

O desespero darwinista não tem limites. A febre que atravessou o mundo evolucionista devido à descoberta deste fóssil é a de uma pessoa que está espiritualmente sedenta. Nunca se viu uma teoria que seja confirmada com evidências tãos efémeras.
Imaginem uma teoria da Química ser “confirmada” com achados destes. Melhor ainda, como se está a falar de ciência histórica, imaginem uma teoria sobre o Império Hitita ser “confirmado” com evidências tão “robustas” como a teoria da evolução.

Os ateus estão desesperados, e o clima religioso em volta deste fóssil é evidências.

O desespero evolucionsita suporta a fé cristã.

Comentar por Mats

Sabino,
Lamento, mas creio que toda a sua fé cairá por terra; está tudo lá, no registro fóssil.

Com respeito,
Marcus.

Comentar por Marcus

Marcus, lá isso é verdade. O registo fóssil não engana.

Comentar por alogicadosabino

“Lamento, mas creio que toda a sua fé cairá por terra; está tudo lá, no registro fóssil.”

Mas o sabino não é evolucionista…

Comentar por MVR




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