No princípio criou Deus os céus e a Terra


Quantos animais Noé precisou de levar na arca? (Parte 1)
Dezembro 15, 2008, 2:09 pm
Filed under: Convicções / Fé

Quando se fala na arca de Noé, uma das perguntas sempre colocadas pelos cépticos é: “Como é que Noé conseguiu meter mais 10 milhões de espécies na arca?!“. Por outras palavras, eles querem saber como é que Noé conseguiu colocar na arca todos os animais que existem hoje. Há um erro fundamental cometido pelos cépticos relativamente a esta questão e tem a ver com a definição de “espécie”. Portanto, antes de dizermos quantos animais Noé precisou de levar na arca e como, devemos abordar, primeiro, o conceito de “espécie”.

A Bíblia refere repetidas vezes no capítulo 1 de Génesis que os animais se reproduzirão “segundo a sua espécie“. O termo “espécie”, em hebraico, é miyn (ou baramin) e certamente é um termo muito mais abrangente do que o conceito “espécie” como é entendido actualmente, como iremos ver mais à frente. Pessoalmente, prefiro a tradução kind (tipo ou género) em inglês, pois é um termo que está mais de acordo com o “tipo” bíblico.

O evolucionista tenta confundir a audiência, dizendo que podemos ver “evolução em acção” quando, por exemplo, vemos novas “espécies” de lagartos ou de peixes a formarem-se. No entanto, tudo não passa de variação dentro do tipo. Os lagartos não se transformam em algo “não-lagarto”, nem os peixes viraram alguma coisa que não seja um peixe. Por esta razão, é necessário algum cuidado quando falamos com um evolucionista a respeito de “especiação” – formação de novas espécies – já que isto não passa de recombinação de material genético e não criação de algo novo.

O que é uma espécie?

Em 1942, Ernst Mayr definiu espécie como um grupo de organismos que acasalam entre si e geram descendência fértil, estando isolados, em termos reproductivos, de outros grupos.

O problema com a definição de Mayr é que animais que são classificados como diferentes “espécies” acasalam e geram descendência. Em alguns casos, a descendência é viável, capaz de procriar. Noutros, a descendência é estéril. No entanto, o facto de não serem capazes de procriar não significa que constituem uma espécie diferente do “tipo” bíblico, já que tal facto pode dever-se a material genético danificado. Eu posso não ser capaz de procriar mas, naturalmente, o meu pai podia e isso não faz de mim uma espécie diferente.

À procura do “tipo” bíblico

Definir os tipos básicos criados por Deus não é uma tarefa linear mas podemos seguir as pistas que a Bíblia nos deixa. Ela diz-nos que os animais se vão reproduzir “segundo a sua espécie“. Portanto, se animais de diferentes “espécies” forem capazes de se reproduzir, pode isso significar que eles pertencem ao mesmo “tipo” bíblico. Convém também dizer que há criacionistas que acreditam que Deus pode ter criado animais geneticamente compatíveis entre si, não fazendo parte, porém, do mesmo “tipo” bíblico. Por exemplo, sabe-se que um golfinho e uma baleia geraram descendência fértil, mas podem não fazer parte do mesmo tipo bíblico.

Vários casos de acasalamento entre “espécies” diferentes são conhecidos. Vamos ver alguns na Parte 2.

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Adenda às 2:21 de 17 de Dezembro: Na verdade, segundo a National Science Foundation, em 2007, o número de “espécies” conhecidas anda à volta dos 2 milhões e não os números exagerados que os cépticos lançam, às vezes.


23 comentários so far
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Evolucionista: “Noé nunca poderia pôr todos aqueles animais na arca!!”

Cristão: “oh? Diz-me, qual era o tamanho da arca?”

Evolucionista: Hmm… não sei..

Cristão: “Quantos animais estavam na arca?”

Evolucionista: “err….não sei. Eu só sei que Noé nunca poderia pôr todos aqueles animais na arca!”

Cristão: “Pois…..”

Comentar por Mats

Mats,

Evolucionista: “Noé nunca poderia pôr todos aqueles animais na arca!!”

Cristão: “oh? Diz-me, qual era o tamanho da arca?”

Evolucionista: 13.5 m de altura por 135 m de comprimento e 22.5 m de largura. [1]

Comentar por Luís

Parece que o Sabino decidiu finalmente tentar responder ao meu desafio. Parece que agora vai tentar reduzir o número de espécies que Noé teria de levar a uns poucos milhares. Isto vai ser interessante… 😉

Comentar por Luís

Luis,

só é desafio para aqueles que não sabem o que diz o criacionismo bíblico, segundo Genesis.

Aliás, quase todos os problemas apresentados por cépticos não passam de falsos problemas, como iremos ter oportunidade de ver.

Comentar por alogicadosabino

Sabino,

“só é desafio para aqueles que não sabem o que diz o criacionismo bíblico, segundo Genesis.”

Então só agora é que percebeste o criacionismo bíblico? Que é como quem diz que encontraste uma forma de dar tantas voltas ao assunto que até parece que tens mesmo um argumento convincente.

Pois a mim parece que tens andado a matutar uma forma de contrariar as falhas que apontei. Isto é, quando não estavas ocupado a bater sempre na mesma tecla dos fósseis vivos.
Não encontraste nada na creationweb? 😉

Po vezes, o facto de uma pessoa contra-argumentar outra cria a ilusão de que de facto essa pessoa até pode ter razão e normalmente esquecem-se de ver se o contra-argumento é válido sequer. Vamos ver o que vai sair daí 🙂
Que venha a segunda parte!

Comentar por Luís

Não foi tanto no CMI, mas no Noah’s Ark: a feasibility study, do john woodmorappe. Realmente, fico surpreendido com ignorancia do céptico em relação à natureza, quando apresenta certos pseudo problemas como “como foram os animais parar as ilhas”. Mas é sempre bom que alguem as faça, que assim o criacionista pode mostrar a ignorancia deles.

Decidi 1º fazer todos os posts sobre a arca antes de começar a postar sobre esse assunto. Acho que cobri as imbecilidades cépticas todas. Mas se faltar agora, estarás tu aí, né? ; )

Comentar por alogicadosabino

Sabino, tem atenção que quem é ignorante acerco do mundo natural aqui estás a ser tu.Mas vou deixar-te acabar. Abro excepção só para duas perguntas:

Como defines objectivamente baleia e golfinho? Qual as diferenças entre os dois?

Comentar por Beowulf

ó Beowulf, acordaste bebado? Achas que se eu vir uma baleia e um golfinho não sei dizer quem é quem?

Se queres uma definição objectiva de baleia e golfinho vai à net. O que eu posso fazer tu também podes fazer.

Comentar por alogicadosabino

Cuidado com o que dizes. As tantas se te aparecer uma baleia ana… E um golfinho latagao, ainda metes os pés pelas mãos

Comentar por ska

lol, quem sabe quem sabe : )

Comentar por alogicadosabino

Sabino, se eu acordei bebado, tu acordaste ou dolado errado da cama ou com uma dose de cocaina bem grande! Eu sei perfeitamente qual é a definição, só quero é que a dêz aqui. Vá lá Sabino, aproveita para fazeres um brilharete e mostra que sabes imenso daquilo que dizes!

Comentar por Beowulf

Ehehe Marcos, já foste.

Já agora, não era mais fácil fazer um milagre e encolher os animais?

Comentar por pedro romano

Beowulf,

pra quê que queres saber a definição de baleia e de golfinho? Ainda não percebi.
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PR,

milagre pra quê? Não é preciso. Já a teoria em que acreditas precisa de uns milagres, a começar pelo aparecimento da primeira vida.

Comentar por alogicadosabino

Sabino,

Consegues ou não dá-la? Se sim então escreve-a aqui. Custa assim tanto Sabino? Pensava que tinhas pensado com bastante profundidade sobre as questões que aqui apresentas. É que assim sou forçado a assumir que não sabes.

Comentar por Beowulf

lol, tu pensas que os criacionistas têm o dever de responder aos teus pedidos caprichosos birrentos, não?

O que é que interessa para aqui a definição de baleia e de golfinho? És idiota sem querer ou porque gostas de o ser? Se queres uma definição científica procuras na net.

Mas 2 podem jogar esse jogo do capricho birrento. Falaste em cocaína. Como defines de forma objectiva “cocaína”? Falaste em cama. Como defines de forma objectiva “cama”? Falaste em brilharete. Como defines de forma objectiva “brilharete”?

Que toine.

Comentar por alogicadosabino

“O que é que interessa para aqui a definição de baleia e de golfinho? És idiota sem querer ou porque gostas de o ser? Se queres uma definição científica procuras na net.”

Ora bem, se tu usas o exemplo da hibridação entre “golfinho”e “baleia” para mostrar como animais mto distantes conseguem hibridizar, então torna-se relevante. Mas vou-me concentrar na última frase: se não sabes a definição científica porque falas das coisas como se o teu conhecimento fosse científico? Mas parabéns Sabino, acabaste de provar que não fazes “ni puta idea” (como dizem os espanhóis) do que estás a falar. Parabéns, acabaste de destruir toda a tua credibilidade. Realmente tu não a dás porque não sabes qual é.

“Mas 2 podem jogar esse jogo do capricho birrento. Falaste em cocaína. Como defines de forma objectiva “cocaína”? Falaste em cama. Como defines de forma objectiva “cama”? Falaste em brilharete. Como defines de forma objectiva “brilharete”?”

Cocaína- estimulante viciante feito a partir da planta Erythroxylon coca, cujas sintomatologias incluem, entre outras, euforia extrema.

Cama- peça de mobiliário comum em casas europeias e americanas consistente numa armação rígida na qual é sustentado um colchão mole que pode ser feito de diversos materias (desde o mais simples como a esponja, até ao mais complexo envolvendo um sistema complexo de molas). A utilização mais comum desta peça é para dormir, embora possa ser utilizada para outros fins.

Brilharete- termo da gíria comum designando um acto de impressionar uma audiência perante uma exibição de extrema qualidade numa qualquer actividade, seja ela física ou intelectual.

Vês, agora sabemos todos do que estamos a falar!

Comentar por Beowulf

Baleia – Peixe grande que come outros peixes e que não é tubarão. Manda água pelas costas.

Golfinho – Peixe médio, mais pequeno que a baleia. Não é baleia, mas faz também uns barulhos engraçados. crrrrrrrrrr. crrrrrrrrr.

Comentar por Ska

“Parabéns, acabaste de destruir toda a tua credibilidade.”

Não digas a ninguém, por favor :$

Comentar por alogicadosabino

Esta pergunta do golfinho arrisca-se a ser como a do COMO DEFINE OBJECTIVAMENTE INFORMAÇÃO? que os leitores do KTRETA fazem insistentemente ao Jónatas Machado.

Ao que ele tem respondido durante as últimas semanas que, se querem a definição, vão pedi-la aos informáticos. Vá, venha essa definição. Trinta posts a dizer como a evolução é uma teoria do acaso e não há um comentariozinho a elucidar os leitores acerca de uma questão pertinente?

Comentar por PR

Só de besouros, a ciência já catalogou mais de trezentas e cinquenta mil espécieis. Noé levou um casal de cada espécie na arca? Essa estorinha bíblica é ridícula; chega a ofender a mais primária das inteligências.

Comentar por Dídimo

Dídimo, obrigado pelo comentário submetido.

O rei Salomão escreveu em Provérbios 17:28: “Até o tolo, estando calado, é tido por sábio; e o que cerra os seus lábios, por entendido.”.

Os insectos não foram na arca. O lado bom disto é que ganhaste uma oportunidade para aprender mais sobre o episódio da arca de noé. Lê as outras partes: Parte 2 e Parte 3

Comentar por alogicadosabino

“Os insectos não foram na arca”

Dãããããããããããã

Comentar por Alberto

Alberto.

Nem todos os Criacionistas concordam que os insetos não foram na arca. [eu sou um destes]

“Dãããããããããããã”.

Comentar por Fabricio Lovato




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