Físicos desesperados para explicar, de forma naturalista, a sintonia perfeita do Universo

Físicos desesperados para explicar, de forma naturalista, a sintonia perfeita do Universo

Novembro 18, 2008, 11:55 am
Filed under: Convicções / Fé, Evolução/Big-Bang

São poucos os religiosos naturalistas que ainda não reconhecem a sintonia perfeita do Universo e dizem que o mesmo é desordenado. Mas a verdade é que existe harmonia no Universo, como diz o físico Andrei Linde, da Universidade de Stanford. Ajusta as leis da física apenas um bocadinho e a vida, como nós a conhecemos, não existiria. Considera apenas duas alterações possíveis:

– Os átomos são constituídos de protões, neutrões e electrões. Se os protões fossem apenas 0,2% mais massivos do que são actualmente, seriam instáveis e decairiam em simples partículas. Os átomos não poderiam existir; nem nós.

– Se a gravidade fosse ligeiramente mais poderosa, as consequências seriam sérias.

Diz o subtítulo: “O nosso Universo está perfeitamente talhado para a existência de vida. Isso pode ser obra de Deus ou então o resultado de o nosso Universo ser um entre muitos outros“. Linde diz o seguinte: “Temos muitas coincidências, coincidências mesmo muito estranhas, e todas estas coincidências tornam a vida possível“. Os físicos não gostam de postular coincidências e, por essa razão, tentam encontrar uma razão para o facto de o nosso Universo parecer ter sido concebido para ser habitável. A hipótese é o nosso Universo ser apenas um entre muitos outros.

A ideia é controversa. Os críticos nem sequer a consideram como uma teoria científica uma vez que a existência de outros universos não pode ser provada ou falseada. Aqueles que a defendem dizem que, gostem ou não, a teoria dos multiversos (múltiplos universos) pode ser a única explicação não-religiosa viável para aquilo que é conhecido como o problema da “perfeita sintonia” – observar que as leis do Universo parecem ter sido talhadas para favorecer a existência de vida.

Bernard Carr, um cosmólogo da Queen Mary University of London disse: “Se não quiseres ter Deus, é melhor teres um multiverso“.
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Os esforços naturalistas para explicar a perfeita sintonia do Universo são incríveis. Postular universos não observados para explicar a harmonia do nosso? Espera aí… pensei que a fé era um exclusivo da religião, mas parece que não. O Naturalismo baseia-se na observação da realidade e na experiência empírica, contudo, chegamos a um ponto em que é necessário entrar no domínio da metafísica e, por conseguinte, nos portões da fé.

Postular universos múltiplos é abandonar a definição de ciência, é colocar a nossa fé na “Lei do Aconteceu”. Esta lei diz que alguma coisa pode acontecer, em qualquer lugar, em qualquer altura, sem nenhuma razão aparente (definição que os naturalistas atribuíam aos cristãos).

Gosto, particularmente, da afirmação do cosmólogo Bernard Carr: “Se não quiseres ter Deus, é melhor teres um multiverso“… como quem diz: “Pah, se te queres livrar da ideia de um Deus criador, é melhor pores a tua fé noutra coisa qualquer“. Parece que, em ciência, vale tudo para chutarmos Deus para o canto.

A Bíblia diz que Deus se manifesta ao ser humano através daquilo que criou (Romanos 1:19-20), tanto que os dois cientistas entrevistados colocam a hipótese de Deus. No entanto, apesar de tirarem as palas por um bocadinho e reconhecerem que existe harmonia no Universo, voltam a colocá-las e negam a existência de um Supremo Arquitecto.
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“Pois trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura antes que ao Criador, que é bendito eternamente. Amém.” (Romanos 1:25)

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