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Como não começar uma religião no mundo antigo:
FACTOR 9 – DESVALORIZANDO ESTATUTOS E MATERIALISMOS
No mundo antigo, as pessoas adquiriam a sua identidade a partir dos vários grupos aos quais pertenciam. O grupo determinava a identidade do indivíduo. As mudanças nas pessoas (como a conversão de Paulo) eram anormais e raramente vistas com bons olhos. Esperava-se que cada pessoa cumprisse um determinado papel. Apagar ou manchar essas várias distinções – como no caso de Paulo – faria o Cristianismo parecer radical.
O Cristianismo revirou as normas de pernas para o ar, dizendo que o nascimento, etnia, sexo, riqueza e estatuto – o que determinava a honra e poder de uma pessoa, neste contexto – não significavam nada. Mesmo sinais menores de honra como a aparência e o carisma eram desprezados (II Coríntios 5:12).
O factor “identidade de grupo” constitui mais uma prova da autenticidade do Cristianismo. Numa sociedade grupalmente orientada, as coisas funcionavam do tipo “diz-me quem és, dir-te-ei com quem andas”. Seria muito difícil uma pessoa como Jesus manter um ministério, se não tivesse apoio de ninguém. Um Jesus meramente humano não poderia ter cumprido este “desafio” e deve ter dado provas convincentes do seu poder e autoridade para manter um grupo de seguidores, e para ter mantido um movimento que começou e sobreviveu muito tempo após sua morte, permanecendo até aos dias de hoje. Um Jesus meramente humano teria de viver de acordo com as expectativas dos outros e teria sido abandonado, ou pelo menos teria de “mudar de cavalo” ao primeiro sinal de fracasso.
O Cristianismo dizia que um rico não era mais importante do que um pobre, um grego não era mais importante do que um judeu, um homem não era mais importante do que uma mulher, um escravo não era menos do que o seu senhor (Gálatas 3:28), e vice-versa. O Cristianismo desafiava as normas e conceitos vigentes mas, mesmo assim, não definhou e os primeiros cristãos estavam dispostos a arriscar a sua vida por esta causa. Certamente tinham certezas daquilo que anunciavam.
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Arriscaram suas vidas e perderam-nas, foram mortos.
Comentar por Ivan Carlos Outubro 22, 2008 @ 7:58 pmA identificação que vc refere, era para aquelas pessoas que dispunham de algum “status”. Pescadores, camponeses… que eram os seguidores de Jesus, esses viviam à margem da sociedade. Não tinham direito nem a enterro.