Filed under: Evolução/Big-Bang
Ver PARTE 1 e PARTE 2. [O destacado é meu]
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DA ANTIGUIDADE DA TERRA À ANTIGUIDADE DO COSMOS
Como se vê, quem partir de premissas naturalistas tem forçosamente que concluir pela evolução cósmica e biológica aleatória e pela antiguidade da Terra. Isto significa que todas as evidências têm necessariamente que ser seleccionadas, interpretadas e organizadas de uma forma que corrobore a evolução aleatória e a extrema antiguidade da Terra. Uma das estratégias interpretativas consiste no recurso a premissas uniformitaristas em domínios como a erosão, a deposição de sedimentos, a deslocação de placas tectónicas, o decaimento de isótopos, a velocidade da luz, etc., quando isso possa ser utilizado para corroborar a antiguidade da Terra. Se não for esse o caso, abandonam-se convenientemente as premissas uniformitaristas, como sucede em domínios como o decaimento do campo magnético da Terra, a difusão de hélio para a atmosfera, a deposição de sedimentos nos oceanos ou a estatística populacional. É que, nestes casos, as premissas uniformitaristas conduziriam a uma idade recente da Terra, resultado inaceitável à partida, porque incompatível com a evolução das espécies e a ideologia naturalista que lhe subjaz. Como veremos adiante, estas e todas as demais evidências só podem ser interpretadas de acordo com métodos que garantam plausibilidade à evolução naturalista.
Se a Terra é extremamente antiga, então o sistema solar tem que ser ainda mais antigo, o mesmo acontecendo, sucessivamente, com a Via Láctea e as demais galáxias. Também isto decorre logicamente das premissas naturalistas, à margem de qualquer investigação científica. Com efeito, se Terra é extremamente antiga, então o sistema solar, a Via Láctea e todo o Universo têm necessariamente que ser muito mais antigos, com pelo menos vários biliões de anos. Assim tem que ser necessariamente, de acordo com as premissas naturalistas, com a evolução cósmica e biológica aleatória e com a necessária antiguidade da Terra. É que só uma intervenção sobrenatural poderia determinar um estado de coisas diferente e essa intervenção sobrenatural está excluída à partida.
Tanto basta para afirmar que a evolução aleatória das espécies e a extrema antiguidade da Terra e do Universo não são o resultado de uma análise científica objectiva dos factos, imposta necessariamente pelas observações empíricas, antes são a consequência necessária e inelutável da adopção a priori de premissas naturalistas, uniformitaristas e evolucionistas para definir os objectivos, os métodos e mesmo os resultados admissíveis da ciência.
Assim, a evolução aleatória e a extrema antiguidade da Terra e do Universo, mais do que o produto da investigação científica, são corolários lógicos, mecânicos, automáticos e inescapáveis da ideologia naturalista. Não existe qualquer alternativa científica àquilo que foi previamente estabelecido pelas premissas naturalistas. Só os mais ingénuos, do ponto de vista epistemológico, é que ficam surpreendidos pelo facto de a “ciência” confirmar sistematicamente essas premissas, em todas as disciplinas. Só o pode fazer, não é? Se não o fizer deixa de ser ciência, na medida em que introduz elementos não aleatórios ao processo, os quais remetem logicamente para uma inteligência sobrenatural. Toda a ciência, em todas as suas disciplinas, traz o naturalismo pré-incorporado. Toda ela está programada, de origem, para validar a evolução e a antiguidade da Terra e do Universo.
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Ver Parte 4
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