Filed under: Estupidez/Fanatismo/Ignorância ateísta
É incrível como a necessidade de demonstrar a todo o custo que Deus é uma imaginação da mente humana, um mito, leva a que sejam realizadas as mais absurdas experiências, desprovidas de qualquer sentido. Vou transcrever a “experiência da oração” realizada por Herbert Benson, cardiologista americano fundador do Mind/Body Medical Institute, descrita na página 92 do livro “The God Delusion” de Richard Dawkins:
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“O Dr. Benson e a sua equipa acompanharam 1802 pacientes em seis hospitais, todos eles submetidos a uma cirurgia de bypass coronário. Os pacientes foram divididos em três grupos. O grupo um foi objecto de orações sem o saber. O grupo dois (grupo de controlo) não foi objecto de orações, igualmente sem ter disso conhecimento. O grupo três foi objecto de orações e sabia-o. A comparação entre os grupos um e dois testa a eficácia da oração intercessória. O grupo três testa os possíveis efeitos psicossomáticos de alguém saber que estão a rezar por si.
As orações foram proferidas pelos fiéis de três igrejas: uma no Minnesota, outra no Massachusetts e outra no Missuri, todas elas distantes dos três hospitais. Foi explicado às pessoas que só saberiam o nome próprio e a inicial do apelido de cada paciente por quem iam rezar. Constitui boa prática experimental uniformizar os procedimentos tanto quanto possível, pelo que a todos foi dito que incluíssem nas suas orações a expressão “por uma operação bem-sucedida, com uma recuperação rápida, saudável e sem complicações.
Os resultados, apresentados na edição de Abril de 2006 do American Heart Journal, foram inequívocos. Não houve diferença entre os pacientes alvo de orações e os restantes. Que surpresa! Houve diferença entre os pacientes que sabiam que tinham sido objecto de orações e os que ignoravam, mas foi ao contrário. Os primeiros sofreram um número mais significativo de complicações do que os segundos.”
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Como é que este grupo de pessoas esperava, imbecilmente, poder estudar os efeitos práticos da oração? Em que é que este grupo de pessoas se baseou para concluir que os efeitos práticos da oração eram mensuráveis? Por acaso pensam eles que Deus funciona como uma máquina de self-service, que basta colocar a moedinha, clicar no botão e o produto sai?
Por outro lado, quais seriam as crenças e convicções dos doentes submetidos à experiência? Acreditariam eles em Deus? Acreditariam eles no poder da oração? Seriam tão ou mais ateus que os homens que conduziram a experiência?! Não sei se os crentes que oraram por aquelas pessoas estavam a par da experiência. Se estavam não são menos néscios que os demais.
E como seria de esperar, vindo de um “orgulhosamente ateu”, “os primeiros” (submetidos à oração dos fiéis) “sofreram um número mais significativo de complicações do que os segundos” (não submetidos à oração dos fiéis).
Jesus disse: “E tudo que pedirdes em oração, CRENDO, recebereis” (Mateus 14:22). Deus conhece o coração de cada um de nós, sabe o que cada um de nós pensa: “Todo o caminho do homem é recto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações” (Provérbios 21:2); “Jesus percebeu logo em seu espírito que era isso que eles estavam a pensar e lhes disse: “Porque arrazoais vós em vossos corações?” (Marcos 2:8).
Só quem não conhece o que a Palavra de Deus diz acerca da oração é tolo o suficiente para realizar experiências deste género. Iria Deus atender ao mero capricho destes cientistas? Também Cristo criticou os religiosos do seu tempo: “E quando vocês orarem , não sejam como os hipócritas que gostam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros” (Mateus 6:5).
A Bíblia diz o seguinte: “Os homens, dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Romanos 1:22). Os 2,4 milhões de dólares gastos na realização da experiência tinham dado jeito a muito boa gente.
3 comentários so far
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«Em que é que este grupo de pessoas se baseou para concluir que os efeitos práticos da oração eram mensuráveis?»
Na fé de milhões e milhões de crentes que todos os dias rezam a pedinchar favores. Quando é preciso estudar parvoíces às vezes é preciso fazer coisas parvas 🙂
Comentar por pedroromano Janeiro 30, 2008 @ 9:37 pmhttp://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/01/080125_padremortemissa_np.shtml
Comentar por Rui Passos Rocha Janeiro 31, 2008 @ 3:24 pmhttp://rprecision.blogspot.com/2008/01/um-modelo-de-harmonia.html
Comentar por Rui Passos Rocha Janeiro 31, 2008 @ 3:34 pm